Constipação e acúmulo de fezes estão entre as causas da diverticulite
Diverticulite é uma inflamação ou infecção que acomete o intestino grosso e pode evoluir para abscesso ou perfuração. Essa condição se origina a partir da inflamação dos divertículos, que são pequenas bolsas que se formam na parede intestinal como resultado da projeção das camadas internas do órgão através de defeitos na camada média.
As causas da diverticulite não são exatas, ainda que existam fatores relacionados ao surgimento dessa condição. As implicações que ela pode acarretar impactam o bem-estar do paciente. Dessa forma, o diagnóstico e o tratamento devem ser realizados o quanto antes para evitar o agravamento do quadro. Entenda melhor no conteúdo a seguir.
Descubra as principais causas da diverticulite como prevenir essa condição!
Características da diverticulite
A diverticulite é uma inflamação que pode variar em intensidade, apresentando sintomas mais leves em casos mais brandos e mais intensos em quadros mais graves. Alguns dos sinais mais frequentes são:
- Dor abdominal;
- Febre e calafrios;
- Sangramento retal;
- Constipação ou diarreia;
- Náusea e vômito;
- Perda de apetite;
- Região abdominal sensível ao toque.
Quais as causas da diverticulite?
As causas da diverticulite não estão totalmente claras, mas existem fatores de risco para o aparecimento dessa condição. Os principais são:
Acúmulo de fezes
O acúmulo de fezes no intestino irrita e força as paredes do cólon, o que pode levar ao surgimento dos divertículos e à obstrução deles. Se eles ficarem obstruídos, o fluxo sanguíneo é comprometido, resultando na inflamação. Por isso, essa é uma das causas da diverticulite.
Dieta pobre em fibras
Dietas pobres em fibras formam fezes desidratadas e endurecidas, o que dificulta o trânsito intestinal. Também é possível que a formação fecal tenha um volume menor, exigindo um esforço maior do intestino para a movimentação. Esses comprometimentos da motilidade forçam a parede intestinal e estão entre as causas da diverticulite.
Constipação
Em quadros de constipação, as fezes são ressecadas, ficam muito tempo retidas e exigem esforço para evacuação. O estresse provocado na parede do intestino pode resultar na diverticulite com o passar do tempo. Além disso, o período prolongado de exposição às fezes pode fazer com que os divertículos já existentes inflamem.
Envelhecimento
A fisiologia do corpo é alterada no processo de envelhecimento. Naturalmente, a parede intestinal enfraquece devido à degeneração dos tecidos que o compõem e à diminuição da elasticidade. Também é comum que a saúde se torne mais debilitada com o surgimento de doenças e que os movimentos intestinais sejam menos eficientes, todos compondo causas da diverticulite.
Obesidade
A obesidade costuma ser consequência da falta de atividades físicas e de uma alimentação saudável, que inclui o consumo de fibras. Dessa forma, ela está entre as causas da diverticulite por estar relacionada a quadros de constipação e de acúmulo de fezes. Além disso, a obesidade tem relação com alterações na microbiota intestinal e com um estado de inflamação corporal, o que aumenta o risco de inflamar os divertículos.
Aumento da pressão no interior do cólon
O aumento da pressão no interior do cólon está relacionado às principais causas da diverticulite, como a constipação e a dieta com poucas fibras. Nessas situações, o intestino emprega mais força para a eliminação das fezes, forçando a parede intestinal.
Consumo excessivo de carne vermelha
Consumir carne vermelha em excesso também está entre as causas da diverticulite, uma vez que ela não possui fibras suficientes para a formação de fezes macias. Além disso, o excesso pode levar à produção de substâncias inflamatórias, ao ganho de peso e a mudanças na composição da microbiota intestinal.
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Diagnóstico e tratamento da diverticulite
Pacientes que já possuem diverticulose podem ser diagnosticadas com diverticulite a partir do relato dos sintomas. Como os sinais são parecidos com outras enfermidades de órgãos presentes no abdômen e na pelve, exames complementares e análise das possíveis causas da diverticulite auxiliam na precisão do diagnóstico.
A tomografia computadorizada da região abdominal e pélvica auxilia na detecção da diverticulite e no descarte de outros problemas, como apendicite. A ressonância magnética também pode ser solicitada em algumas situações, dependendo da análise do médico.
Repouso é o tratamento principal de diverticulite leve. Pacientes com sintomas fortes, como dor abdominal acompanhada de febre alta, devem ser hospitalizados para receber antibióticos via intravenosa e permanecerem em repouso e jejum até redução dos sintomas.
A cirurgia é recomendada para quadros críticos de diverticulite e complicações, como ruptura intestinal ou peritonite. No procedimento, o cirurgião retira a parte afetada do intestino e liga as extremidades do intestino novamente. Alguns pacientes podem precisar de uma colostomia temporária, que consiste em exteriorizar parte do intestino para eliminação das fezes em uma bolsa.
Qual médico trata a diverticulite?
O profissional que trata a diverticulite é o médico especializado no trato gastrointestinal. Se for necessário recorrer à cirurgia, o especialista que realiza o procedimento é o cirurgião geral especializado em aparelho digestivo. Eles são capacitados para realizar o diagnóstico, o tratamento da condição e prosseguir com o acompanhamento do paciente.
Após o tratamento da diverticulite, o médico pode solicitar uma colonoscopia para investigar a presença de doenças, como o câncer de cólon. A solicitação costuma ser feita para pessoas que tiveram complicações ou possuem fatores de risco para o câncer.
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