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Endometriose intestinal
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Doença afeta muitas mulheres que têm endometriose nos órgãos reprodutivos e pode afetar a fertilidade

A endometriose é uma doença inflamatória caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestinos e bexiga.

Estima-se que 5% a 37% das pacientes com endometriose tenham endometriose intestinal.

No texto a seguir, falaremos sobre essa condição.

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O que é endometriose intestinal?

A endometriose intestinal ocorre quando o tecido endometrial cresce no intestino, dificultando seu funcionamento e causando sintomas diversos, especialmente durante a menstruação.

Ela pode ser classificada em superficial, quando as células do endométrio estão apenas na parte externa do intestino, ou profunda, quando essas estruturas penetram na parede interna do órgão.

Não se sabe exatamente quais as causas da endometriose intestinal, mas alguns médicos associam o surgimento da doença a cirurgias anteriores feitas no útero, o que pode acabar espalhando células do endométrio na cavidade abdominal e afetando o intestino.

Outra hipótese é a de que, durante a menstruação, o sangue com células endometriais pode, ao invés de ser eliminado pelo colo do útero, retornar no sentido contrário e atingir a parede do intestino.

O que se sabe é que mulheres que têm familiares próximos, como mãe ou irmã, com endometriose intestinal, podem ter mais risco de desenvolver a mesma doença.

Para diagnosticar a endometriose intestinal, o médico se baseia nos sintomas apresentados pela paciente, no exame físico e em exames de imagem, como ultrassom transvaginal e ressonância magnética – ambos devem ser feitos com preparo intestinal.

A vantagem do ultrassom em relação à ressonância magnética é sua maior capacidade de detectar as diferentes camadas acometidas pela doença e a porcentagem da circunferência acometida, possibilitando ao médico a indicação do tratamento específico.

Alguns estudos apontam que pode existir uma demora de até sete anos para que a doença seja diagnosticada, pois muitas vezes seus sintomas são subestimados ou confundidos com outras condições de saúde, o que resulta em grande prejuízo na qualidade de vida da mulher.

Quais os sintomas da endometriose intestinal?

Além da dor abdominal intensa, um dos sintomas da endometriose intestinal, a doença pode causar ainda:

  • Alterações dos hábitos intestinais;
  • Dificuldade para evacuar;
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Dor no abdômen durante as relações sexuais;
  • Dor na parte inferior do abdômen;
  • Diarreia persistente;
  • Gases;
  • Presença de sangue nas fezes.

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Quais as complicações da endometriose intestinal?

Muitas mulheres com endometriose intestinal apresentam endometriose no útero, o que pode ter como consequência uma maior dificuldade para engravidar de maneira natural.

Outra complicação que a doença pode causar é a estenose (estreitamento) do intestino, um quadro que ocorre quando a inflamação gerada pelo sangramento cíclico típico da endometriose irrita os tecidos afetados, levando à formação de cicatrizes que, a longo prazo, podem levar ao estreitamento do órgão ou à obstrução do intestino.

Como é o tratamento da endometriose intestinal?

O tratamento para endometriose intestinal depende do estágio da doença – se leve ou mais severa – e dos sintomas relatados pela paciente. Nos casos mais leves, em que o tecido endometrial não se espalhou muito, o tratamento geralmente é feito com o uso de medicações hormonais que visam interromper a menstruação e controlar os focos da doença.

Nos casos mais graves, como quando há obstrução do intestino, ou quando a mulher não responde ao tratamento clínico, o médico pode recomendar a realização de cirurgia. O objetivo do procedimento é reduzir a quantidade de tecido endometrial e, assim, aliviar os sintomas causados pela endometriose intestinal.

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Quando a lesão acomete somente a camada muscular externa do intestino, é possível fazer uma raspagem, sem a necessidade de tirar um pedaço do órgão. Se a lesão é mais profunda, pode ser recomendada a retirada de um pequeno segmento do intestino.

A maior parte das cirurgias pode ser realizada de maneira minimamente invasiva, por videolaparoscopia ou cirurgia robótica, nas quais são feitas pequenas incisões pelas quais o médico cirurgião insere os instrumentos cirúrgicos e uma microcâmera que o ajudará a guiar o procedimento. Ambas são realizadas com anestesia geral.

Porém, em algumas situações, pode ser necessário que a cirurgia seja realizada pela técnica convencional, com uma incisão maior no abdômen, mas tal escolha só é feita após a análise das áreas do intestino que estão afetadas pela endometriose.

Perguntas frequentes sobre endometriose intestinal

Quem faz cirurgia para endometriose intestinal precisa fazer colostomia?

Colostomia é o nome dado à exteriorização de uma parte do intestino (cólon) para a parede abdominal. O procedimento serve para construir um novo trajeto para a saída das fezes e é indicado quando a paciente apresenta qualquer problema que a impeça de evacuar normalmente pelo ânus. Seu objetivo é deixar a região submetida a tratamento cirúrgico livre da passagem de fezes, permitindo uma melhor e mais rápida cicatrização do local. Embora possa ser necessária, nem todas as cirurgias de endometriose intestinal necessitam de colostomia. E as que necessitam, o procedimento é revertido em alguns meses.

A endometriose intestinal pode ser confundida com síndrome do intestino irritável?

Pode. Como qualquer doença, o diagnóstico de endometriose tem de levar em conta os diagnósticos diferenciais. Não há nenhum sintoma específico. É necessária uma avaliação cuidadosa pelo médico.

O que esperar depois da cirurgia?

A cirurgia não é garantia de cura para a endometriose intestinal e pode ocorrer recidiva da doença. Além disso, pode ser necessário que a mulher continue fazendo uso de medicações exatamente para evitar que novos focos da endometriose se formem.

Endometriose intestinal pode evoluir para câncer?

É muito raro isso acontecer. A doença também não aumenta o risco de a mulher desenvolver outras patologias.

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Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

PubMed

Associação Médica Brasileira

Portal Gineco (Bayer)

Ministério da Saúde