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Pedra na vesícula
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Saiba como é formada e como mudanças simples no estilo de vida podem evitá-la

O que é pedra na vesícula?

A vesícula biliar é um órgão em forma de saco (lembra uma pera), localizada abaixo do lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino. A bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável pela imensa maioria da formação da chamada pedra na vesícula, também conhecida como cálculo biliar ou colelitíase.

Geralmente, a pedra na vesícula pode ser identificada por meio de um exame de ultrassonografia abdominal, quando é possível observar pequenos cálculos no interior da vesícula – pode ocorrer a formação de apenas uma pedra ou de várias de pequeno tamanho.

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Em alguns casos, exames mais específicos, como ressonância magnética e, atualmente, a ecoendoscopia, também podem ser usados para identificar se a vesícula está inflamada ou não, e se há presença de microcálculos, que são os responsáveis pelas crises de pancreatite.

Esses exames também conseguem identificar se ocorreu a passagem de cálculos para o colédoco (canal que leva a bile para o duodeno).

Quais os sintomas de pedra na vesícula?

Algumas pessoas não apresentam sintomas quando ocorre a formação de uma pedra na vesícula. Os sintomas aparecem quando o cálculo obstrui a saída da vesícula, ocasionando dor, náuseas e vômitos, podendo também evoluir para infecção da vesícula (colecistite aguda), ou até mesmo pancreatite aguda, quando o cálculo sai da vesícula biliar e entope o canal do pâncreas (ducto de Wirsung).

Quando inflamada, pode provocar dor intensa do lado direito superior do abdômen, que se irradia para o tórax, costelas e dorso, assim como febre.

É comum que essa dor surja cerca de meia hora após a alimentação, principalmente em casos de ingestas ricas em gordura.

Em casos de obstrução da via biliar principal (colédoco), pode surgir o amarelamento da pele e mucosas (icterícia) e o escurecimento da urina.

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Quais as causas de pedra na vesícula?

A pedra na vesícula se forma quando o órgão tem dificuldade de esvaziamento e pelo excesso de colesterol na bile. São vários os fatores que podem alterar a composição da bile e levar à formação de uma pedra na vesícula. As causas da pedra na vesícula mais comuns são:

  • Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;
  • Sedentarismo;
  • Sexo (costuma ser mais frequente em sexo feminino);
  • Aumento do LDL (mau colesterol) e diminuição do HDL (bom colesterol);
  • Gravidez;
  • Idade (é mais comum em pessoas acima dos 40 anos);
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Pressão alta;
  • Tabagismo;
  • Jejum prolongado;
  • Doença de Crohn;
  • Uso prolongado de anticoncepcionais;
  • Aumento do nível de estrogênio;
  • Predisposição genética;
  • Alguns antibióticos.

As pedras na vesícula também são comuns em pessoas que passaram por rápida perda de peso, inclusive nos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica.

Como evitar a pedra na vesícula?

É possível evitar a formação de uma pedra na vesícula com a adoção de algumas ações, como:

  • Fazer uma dieta rica em fibras e com pouca gordura, pois alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol ruim;
  • Manter o peso ideal. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;
  • Não fumar;
  • Mulheres que têm histórico familiar de pedra na vesícula devem avaliar, com o seu médico, os riscos e benefícios do uso de pílulas anticoncepcionais e da reposição hormonal.

Como é o tratamento?

O tratamento para pedra na vesícula geralmente é cirúrgico, principalmente pelo risco de complicações. A cirurgia de pedra na vesícula é chamada de colecistectomia — que pode ser realizado pela técnica convencional (cirurgia aberta), por meio da cirurgia por videolaparoscopia ou por cirurgia robótica.

Se o procedimento for realizado por videolaparoscopia, a anestesia é geral, porém, são feitas de três a quatro pequenas incisões, pelas quais o médico cirurgião introduz, além das pinças, uma câmera, que transmite imagens em 2D em tempo real para um monitor. Atualmente é a cirurgia mais realizada.

Já a cirurgia robótica é uma evolução da videolaparoscopia, com vários ganhos. A cirurgia é feita através de um robô comandado pelo cirurgião. A câmera, gera imagens em 3D, e as pinças utilizadas são mais delicadas e possuem os movimentos do punho humano, sendo este procedimento reservado para casos com alguma particularidade.

Ambos os procedimentos — videolaparoscopia ou cirurgia robótica — são minimamente invasivos e requerem poucos dias de internação hospitalar, o que possibilita uma recuperação mais rápida, menos riscos cirúrgicos e menor uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, possibilitando muitas vezes alta hospitalar no mesmo dia.

A forma como o tratamento cirúrgico será escolhido depende da situação do paciente diagnosticado com a pedra na vesícula e quais suas condições clínicas. Atualmente, apenas casos excepcionais, com indicações muito específicas, são realizados por via aberta, sendo a maioria das cirurgias realizadas pelas técnicas minimamente invasivas.

A remoção da vesícula não acarreta sequelas ao paciente. A vida continua normalmente e a alimentação também. Em alguns casos, pode ocorrer um pouco de diarreia, que geralmente melhora em alguns meses.

Quando a pedra na vesícula exige tratamento cirúrgico e o paciente opta por não fazer a cirurgia, há o risco de surgirem complicações mais graves, que requerem a submissão à cirurgia de emergência.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD

Medscape