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Câncer no intestino
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Saiba quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico e o tratamento deste tipo de câncer

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2022 o Brasil registrou cerca de 45 mil casos de câncer de intestino. É o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil entre os homens, atrás apenas dos cânceres de pele e de próstata, e o segundo entre as mulheres – o primeiro é o câncer de mama.

Quero saber mais sobre esse tumor!

O que é câncer de intestino?

O câncer de intestino, ou câncer colorretal, é um tumor maligno que se desenvolve na parte interna do intestino grosso, reto e ânus. Trata-se de uma doença que pode ser prevenida, pois quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede interna do intestino.

A colonoscopia é o exame que visualiza esses pólipos, de forma a identificá-los e retirá-los adequadamente. Quando não tratadas, essas lesões podem evoluir para câncer.

Os adenocarcinomas representam a quase totalidade dos cânceres de intestino. Porém, existem outros tipos histológicos mais raros, como:

  • Tumores estromais gastrointestinais (GIST);
  • Linfomas;
  • Melanoma;
  • Tumores neuroendócrinos.

Os principais sintomas do câncer de intestino são:

  • Alteração do hábito intestinal: principal manifestação da doença, caracteriza-se pela mudança repentina no funcionamento do intestino, como diarreia ou constipação;
  • Presença de sangue nas fezes: geralmente, é o segundo sintoma mais comum do câncer de intestino e, muitas vezes, pode estar associado às mudanças de hábito intestinal;
  • Dor ou desconforto abdominal, principalmente se forem situações recorrentes;
  • Fraqueza e anemia;
  • Alteração no formato das fezes, que podem ficar afiladas;
  • Presença de uma massa (tumoração) na região abdominal;
  • Perda de peso sem causa aparente.

Lembrando que os sintomas geralmente são tardios, quando a doença já existe.

Além de hábitos de vida pouco saudáveis (fumar, consumir bebidas alcoólicas em excesso e ter uma alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras) e do histórico pessoal e familiar do paciente, algumas doenças podem aumentar os riscos de uma pessoa desenvolver o câncer de intestino. Por exemplo, as doenças hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar, que é uma rara doença genética que causa câncer em 100% das pessoas que têm essa mutação genética promotora da doença.

Como é feito o diagnóstico do câncer de intestino?

O câncer de intestino em fase inicial não costuma apresentar sintomas. Assim, é importante realizar os exames de rastreamento, como a colonoscopia, que deve ser realizada, em geral, a partir dos 45 anos. Pessoas que possuem parente de primeiro grau com a lesão devem iniciar esse rastreamento 10 anos antes, ou seja, aos 35 anos. Ou, ainda, 10 anos antes do parente mais jovem que tenha sido diagnosticado com a doença.

O procedimento consiste na introdução de um tubo flexível no intestino que permite visualizar o órgão por dentro. Esse exame também pode ser considerado um exame preventivo, pois quando são visualizados pólipos (lesões benignas), esses podem ser retirados. Essa ressecção é importante porque grande parte dos tumores malignos têm origem nesses pólipos.

Uma grande vantagem da colonoscopia é a realização de biópsia do material retirado, permitindo, assim, um diagnóstico preciso.

A periodicidade do exame é definida pelo médico dependendo da idade, dos fatores de risco do câncer no intestino e a partir do que foi encontrado na realização da primeira colonoscopia.

Quando há confirmação do câncer de intestino, o paciente deve realizar alguns exames para determinar o estadiamento da doença, ou seja, a extensão do tumor, tanto do ponto de vista de invasão local quanto de disseminação à distância (metástases).

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Como tratar o câncer de intestino?

O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. Lesões iniciais que acometem o intestino de maneira superficial podem ser removidas durante a colonoscopia, em procedimentos chamados de polipectomia, mucosectomia ou ressecção submucosa.

Quando a colonoscopia não consegue tratar as lesões, é indicado o tratamento cirúrgico, associado ou não à quimioterapia, a depender do caso, e radioterapia em situações muito específicas, como tumores do reto baixo e ânus.O objetivo da cirurgia de câncer de intestino é ressecar o tumor com margens de segurança e realizar a linfadenectomia loco-regional, que é a retirada dos gânglios linfáticos da região do tumor. É importante retirar esses gânglios, pois eles também podem estar afetados pela doença.

Vale lembrar que a disseminação do câncer colorretal acontece de duas formas:

  • Disseminação hematogênica, em que as células cancerosas ganham a corrente circulatória e se fixam em outros órgãos, que são as metástases à distância, sendo os órgãos mais acometidos o fígado e o pulmão.
  • Disseminação linfática, em que as células cancerosas se disseminam pelo sistema linfático peritumoral, ou seja, trata-se de uma disseminação loco-regional, não é à distância. Por isso, a importância da realização da linfadenectomia em todas as cirurgias com padrão oncológico e propósito curativo.

A decisão de fazer ou não tratamento adjuvante, como a quimioterapia e a imunoterapia, deve ser tomada em conjunto com a oncologia clínica. Existem protocolos para isso e, atualmente, o paciente com câncer, seja ele qual for, deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, que envolve cirurgião geral, oncologista clínico, psicólogo, nutricionista, entre outros.

O tratamento cirúrgico pode ser realizado de forma convencional ou de forma minimamente invasiva (cirurgia robótica ou por videolaparoscopia), através de pequenas incisões no abdômen. As principais vantagens dessas técnicas são:

  • Menor trauma tecidual;
  • Menos risco de infecções, sangramento e complicações;
  • Menos dor pós-operatória;
  • Menor tempo de internação;
  • Recuperação mais rápida;
  • Cicatrizes menores e mais discretas (resultado estético);
  • Retorno mais precoce às atividades do dia a dia.

Após o tratamento inicial, o paciente deve ser acompanhado periodicamente pela equipe multidisciplinar para o monitoramento e manejo da doença.

Como prevenir o câncer de intestino?

A fim de evitar o aparecimento do câncer de intestino, recomenda-se a adoção de hábitos de vida e de dieta mais saudáveis, além da realização da colonoscopia de forma preventiva, conforme citado acima.

A prevenção é fundamental para que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos em fases mais precoces da doença, evitando-se, assim, procedimentos mais invasivos e de alta complexidade.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Oncoguia

Inca