Procedimento é o principal tratamento para a protusão que surge na região do entorno do umbigo2
A hérnia umbilical é um tipo de protusão que pode ser notado como um caroço ou abaulamento na região do entorno do umbigo. Causada por um enfraquecimento da parede abdominal interna que leva a uma abertura por onde passam órgãos ou tecidos, a hérnia umbilical pode surgir de forma congênita, na infância ou na idade adulta.
Além das causas genéticas e da gravidez, a hérnia umbilical pode surgir em consequência de esforços físicos constantes sobre a musculatura abdominal. A maioria dos casos é assintomática e, quando há sintomas, eles precisam ser observados para garantir que não são sinais de complicações, como o encarceramento e o estrangulamento da hérnia.
Na maioria dos casos, o único tratamento capaz de resolver o problema é a cirurgia de hérnia umbilical. O procedimento, que pode ser realizado de forma aberta ou minimamente invasiva, consiste no reposicionamento das estruturas protusas e no fechamento da abertura da parede abdominal.
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Diagnóstico da hérnia umbilical
A indicação da cirurgia de hérnia umbilical deve ser feita após seu diagnóstico, que é realizado pelo médico especialista de forma clínica, por meio de exames físicos realizados no consultório e análise da história clínica do paciente.
Em alguns casos, pode ser necessária a realização de exames de imagem para visualizar as estruturas herniadas e avaliar a gravidade da condição. Isso é importante, inclusive, para determinar se a realização da cirurgia de hérnia umbilical é viável com urgência ou não.
Quando a cirurgia é indicada?
A cirurgia de hérnia umbilical não é indicada imediatamente a todos os pacientes diagnosticados com o problema. Em crianças com menos de 5 anos, por exemplo, existe a possibilidade de o problema se corrigir somente com o desenvolvimento do organismo. Por isso, nesses casos, é indicado apenas o acompanhamento periódico da protusão.
Como a cirurgia de hérnia umbilical é a única forma de corrigir o problema em outros casos, a indicação é feita, na maioria das vezes, sem caráter de urgência, como nos pacientes com hérnias pequenas e assintomáticas. Já as hérnias com sinais de complicações como o estrangulamento devem ser tratadas o mais rápido possível.
Como é feita a cirurgia de hérnia umbilical?
A cirurgia de hérnia umbilical é um procedimento realizado em ambiente hospitalar, quase sempre com o paciente sob anestesia geral. Como dito, a cirurgia consiste no reposicionamento das estruturas herniadas e no fechamento da abertura na parede abdominal.
Em alguns casos, como quando a hérnia é muito grande — maior que 2 centímetros —, pode ser colocada uma tela para auxiliar no fortalecimento da região e evitar que o problema retorne no futuro.
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Podem ser realizadas três técnicas na cirurgia de hérnia umbilical:
- Cirurgia aberta tradicional: nesse tipo de cirurgia, é feita uma incisão para que o cirurgião acesse os tecidos protusos e os reposicione no interior do abdômen. É o método mais invasivo;
- Cirurgia por videolaparoscopia: são feitas pequenas incisões, por onde passam uma microcâmera (que guia o cirurgião) e os instrumentos que ele utiliza para realizar o reposicionamento da hérnia. É uma técnica minimamente invasiva;
- Cirurgia robótica: a mais moderna das técnicas de cirurgia de hérnia umbilical. É semelhante à videolaparoscopia, com a diferença de que os instrumentos cirúrgicos são operados por um robô controlado à distância pelo cirurgião do aparelho digestivo.
Atualmente, a maioria dos cirurgiões tem optado por realizar a cirurgia de hérnia umbilical pelos métodos menos invasivos, o que garante uma recuperação melhor e com menos complicações aos pacientes.
Cuidados pré e pós-cirurgia
Antes da cirurgia de hérnia umbilical, devem ser feitos diversos exames para avaliar o estado geral de saúde do paciente, bem como a gravidade da protusão. Exames de imagem, de sangue e cardíacos podem ser solicitados e analisados pelo médico.
É importante que o paciente se atente, antes da realização do procedimento, sobre cuidados como jejum e suspensão do uso de determinados tipos de medicamentos, como os anticoagulantes. É recomendado também que o paciente pare de fumar e consumir bebidas alcoólicas nos dias que antecedem a cirurgia.
Já o pós-operatório da cirurgia de hérnia umbilical consiste na adoção de uma série de cuidados que visam a recuperação da área operada sem complicações, além de garantir que o problema não retorne. Entre os principais cuidados, podemos citar:
- Não dirigir por pelo menos 7 dias após a cirurgia;
- Manter repouso relativo nos primeiros dias, retomando atividades cotidianas aos poucos;
- Não fazer atividades físicas nem carregar peso por pelo menos 30 dias após o procedimento;
- Ter uma alimentação equilibrada e que facilite o trânsito intestinal, evitando os esforços ao evacuar;
- Tomar cuidado com situações que podem forçar a parede abdominal, como tossir, espirrar e chorar;
- Se atentar aos cuidados de higienização e troca dos curativos cirúrgicos.
É comum que o paciente sinta desconforto local nos primeiros dias após a cirurgia de hérnia umbilical. A condição pode ser tratada com medicamentos prescritos pelo médico cirurgião, que devem ser tomados corretamente.
Apesar disso, o paciente precisa ter atenção ao aparecimento de sintomas como febre, sangramentos e inchaço excessivo, que podem ser sinais de complicação. Nesses casos, é importante que o médico seja comunicado imediatamente.
Qual profissional realiza a cirurgia de hérnia umbilical?
A cirurgia de hérnia umbilical é um procedimento que deve ser realizado por médico cirurgião com especialização e ampla experiência em procedimentos no aparelho digestivo. Além das cirurgias de hérnias abdominais, este profissional pode realizar diversos procedimentos em órgãos da região.
O Dr. Wilson Martinuzzo, além da ampla experiência em diversos tipos de cirurgias — mais de 30 anos e 14 mil procedimentos —, é um dos pioneiros na realização de cirurgias robóticas no Brasil. Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal