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Hemorroidas
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Problema é relativamente comum na população e não evolui para doenças mais sérias. Porém, dependendo do incômodo gerado, deve ser tratado com cirurgia.

As hemorroidas constituem um problema mais comum do que se pensa. Estimativas apontam que até metade da população adulta poderá ter esse incômodo em algum momento da vida.

No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas tenham hemorroidas. A condição costuma se manifestar com mais frequência nos adultos entre 40 e 60 anos. Nas mulheres, ela costuma surgir mais cedo, principalmente durante a gestação (30 a 40% das grávidas sofrem de hemorroidas).

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O que são hemorroidas?

Hemorroidas são veias ao redor do ânus ou do reto que se inflamam ou dilatam. É natural que, durante o movimento intestinal, essas veias se dilatem e se retraiam, permitindo a evacuação, mas que depois retornem ao seu tamanho normal. No entanto, quando a pessoa frequentemente precisa fazer esforço para evacuar, seja por intestino preso (obstipação) ou fezes endurecidas, pode ocorrer um processo de drenagem do sangue que favorece a formação das hemorroidas.

Elas podem ser divididas em dois tipos:

  • Externas: assemelham-se às varizes ou a grumos de sangue e são visíveis na borda do ânus.
  • Internas: localizam-se acima do esfíncter anal e causam sintomas mais agudos.

As hemorroidas internas são classificadas em quatro graus:

  • Grau I: ficam restritas ao ânus, ou seja, as hemorroidas não saem do ânus na hora de evacuar;
  • Grau II: extrapolam a região do ânus durante a evacuação ou durante esforço, mas retornam à posição original espontaneamente.
  • Grau III: extrapolam a região anal e só retornam para dentro com ajuda manual.
  • Grau IV: estão prolapsadas através do ânus e o retorno não é possível nem com ajuda manual.

Quais as causas das hemorroidas?

Existem alguns fatores de risco que podem favorecer o aparecimento das hemorroidas. Dentre eles, podemos destacar:

  • Prisão de ventre;
  • Gravidez (devido à pressão que o feto exerce sobre as veias da parte inferior do abdômen);
  • Obesidade (o excesso de peso aumenta a pressão nas veias abdominais);
  • Tabagismo;
  • Esforço para evacuar;
  • Sedentarismo (diminui o estímulo para a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do ânus);
  • Predisposição genética (casos de hemorroidas na família podem indicar predisposição para desenvolver a doença, porém, é possível o seu desenvolvimento sem que haja antecedentes familiares);
  • Dieta pobre em fibras e pouca ingestão de líquidos;
  • Sexo anal (pode produzir fissuras em uma região que é bastante irrigada de vasos sanguíneos).

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Quais os sintomas das hemorroidas?

A passagem das fezes pelas veias dilatadas pode causar ferimentos que levam a sintomas como:

  • Coceira, provocada pelo inchaço das veias;
  • Sangramento resultante do rompimento das veias anais (podem ser observados sinais de sangue aguado ou manchas de sangue perceptíveis na roupa íntima ou no papel higiênico). O sangramento que ocorre devido às hemorroidas costuma ser de pequena quantidade. Porém, se for frequente, pode até levar à anemia por carência de ferro. Sangramentos de grande volume não são comuns, mas podem ocorrer em alguns casos;
  • Dor ou ardor durante ou após a evacuação;
  • Saliência palpável no ânus.

Como evitar as hemorroidas?

É possível evitar o surgimento das hemorroidas – e os incômodos que elas podem causar – com a adoção de algumas medidas no dia a dia. As principais que devem ser consideradas são:

  • Evitar o uso de papel higiênico, pois isso irrita e aumenta a inflamação. Lave a região anal e seque com uma toalha de algodão;
  • Ter uma dieta saudável à base de alimentos ricos em fibras e frutas;
  • Consumir bastante líquido, como água, sucos e chás;
  • Evacuar sempre que sentir necessidade;
  • Evitar permanecer sentado no vaso sanitário se não conseguir evacuar naquele momento;
  • Evitar permanecer muito tempo na mesma posição. Movimente-se durante o dia;
  • Fazer banhos de assento mornos e compressas de gelo para aliviar os sintomas e eliminar o inchaço.

Como é o tratamento?

O tratamento para as hemorroidas depende do grau em que se encontra a doença e inclui:

  • Mudanças na alimentação, com a adoção de uma dieta rica em fibras;
  • Medicamentos de uso tópico ou local, com pomadas e supositórios;
  • Ligadura elástica: técnica que consiste no estrangulamento da veia afetada. Sem receber sangue, a hemorroida necrosa e cai;
  • Radiofrequência: procedimento simples realizado no consultório que queima e seca as lesões;
  • Escleroterapia: esta técnica consiste na aplicação de uma injeção, através de uma agulha longa, de uma solução química que leva à necrose das hemorroidas. O procedimento não necessita de anestesia, pois é indolor;
  • Coagulação infravermelha: consiste na aplicação de ondas de infravermelho diretamente nas hemorroidas. O calor gerado queima a lesão e provoca retração das hemorroidas;
  • Cirurgia.

A cirurgia para hemorroidas geralmente é feita por uma das seguintes técnicas:

  • Hemorroidectomia: durante a cirurgia, o paciente receberá anestesia local ou geral e o médico cirurgião fará pequenas incisões ao redor do ânus para retirar as hemorroidas.
  • Procedimento para o prolapso hemorroidário (PPH): utiliza um grampeador circular para remover a submucosa e o excesso de mucosa próximo à linha chamada pectínea, linha de sensibilidade do ânus. O cirurgião dá pontos nesse excesso de mucosa, que é responsável pela exteriorização da hemorroida pelo ânus, puxando esse tecido para dentro do grampeador. Quando o grampeador é disparado, ele automaticamente corta e remove a mucosa que está em excesso, além de grampear a mucosa remanescente.
  • Desarterialização hemorroidária transanal: o cirurgião passa um aparelho, chamado anuscópio, pelo ânus do paciente, por onde é colocada uma sonda de doppler, que identifica as artérias que possuem um hiperfluxo sanguíneo. Em seguida, ele as sutura, impedindo a passagem do sangue.

Na maioria dos casos de hemorroidas externas e de hemorroidas internas graus I e II, o tratamento é feito inicialmente de forma conservadora, sem a necessidade de cirurgia. O procedimento cirúrgico é indicado para casos mais graves.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD

National Institutes of Health (NIH)

Medscape