Entre em contato
Fale conosco pelo WhatsApp
Diástase dos retos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Problema é comum entre as gestantes, mas pode surgir em qualquer pessoa, inclusive em crianças. Saiba mais

O que é diástase dos retos?

A diástase abdominal, também conhecida como diástase dos músculos retos abdominais ou diástase dos retos, ocorre quando há uma separação parcial ou completa dos músculos retos abdominais. O músculo reto do abdômen corre verticalmente em cada lado da parede anterior do abdômen. São dois músculos paralelos, que se encontram na linha média da barriga e são separados por uma faixa de tecido conjuntivo chamada linha alba (linha branca).

A diástase dos retos causa fraqueza muscular e abaulamento abdominal no repouso, o que passa a gerar bastante incômodo estético. Em geral, a diástase dos retos está associada à flacidez e ao excesso de pele no abdômen.

Quero tratar a diástase abdominal!

Alguns movimentos que a pessoa faz podem tornar a diástase dos retos bem evidente, como:

  • Elevar o tronco como se fosse realizar um exercício abdominal;
  • Deitar, flexionar levemente o pescoço e soprar fortemente contra as costas da mão de forma a aumentar a pressão intra-abdominal;
  • Deitar, flexionar levemente o pescoço e exalar o ar com força contra os lábios fechados e com o nariz tapado.

O diagnóstico da diástase dos retos é realizado por meio de um exame físico do paciente ou com a realização de exames, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada da parede abdominal e exames de imagem que conseguem mensurar o quanto de abertura a musculatura possui.

O que causa a diástase dos retos?

A diástase dos retos acontece com certa frequência durante e após a gestação. A explicação para isso está no crescimento do útero, que esgarça os músculos do abdômen, associado ao enfraquecimento da musculatura da região, o que provoca a separação dos retos abdominais. Até 60% das mulheres podem desenvolver diástase dos retos durante a gravidez ou no pós-parto.

A gravidez, principalmente nas gestações gemelares, a falta de exercícios específicos durante a gestação e a oscilação excessiva de peso são alguns dos fatores que podem causar a diástase dos retos relacionada à gravidez. Porém, existem outros fatores que podem favorecer essa separação dos feixes musculares.

Ela pode afetar qualquer pessoa, incluindo bebês recém-nascidos e homens de meia-idade. Em alguns casos, pode resultar do levantamento incorreto de pesos ou da realização de exercícios abdominais excessivos ou executados de maneira incorreta.

Além disso, a diástase dos retos pode ser congênita, sendo associada a defeitos da parede abdominal anterior, geralmente causada por nascimento prematuro, pois os músculos abdominais podem não estar ainda completamente desenvolvidos e fechados. Esses casos, porém, são raros. O mais comum é a diástase ser adquirida.

Quais os sintomas da diástase dos retos?

A diástase dos retos pode ou não apresentar sintomas. Além da protusão, que costuma ficar aparente quando o paciente realiza qualquer manobra que aumente a pressão intra-abdominal, como tossir, agachar ou levantar peso, o paciente pode apresentar:

  • Dor na região lombar, pelve e quadril;
  • Flacidez excessiva na barriga;
  • Fraqueza abdominal;
  • Dificuldade para levantar objetos ou de realizar atividades do dia a dia;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Incontinência urinária durante o esforço, como ao tossir ou espirrar;
  • Prisão de ventre;
  • Má postura;
  • Sensação de inchaço abdominal.

Trate a diástase dos retos com o cirurgião geral: Dr. Wilson Martinuzzo!

Agende uma consulta

Como é o tratamento da diástase dos retos?

O tratamento da diástase dos retos depende do nível de gravidade do problema. No nível classificado como leve, pode não ser necessário nenhum tratamento cirúrgico ou podem ser realizados exercícios de fortalecimento indicados por um especialista, que visam diminuir o afastamento dos músculos abdominais e que ajudam a melhorar bastante o quadro.

Porém, deve-se evitar fazer exercícios por conta própria, sem orientação, pois isso pode agravar a situação. Flexões, pranchas frontais, natação e algumas posturas de ioga devem ser evitadas.

Nas grávidas, a diástase pode melhorar sozinha após o parto, conforme a musculatura do abdômen volta a ganhar força.

A fisioterapia também é uma opção de tratamento para corrigir a diástase dos retos. O fisioterapeuta, nesses casos, opta por exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos retos abdominais, do assoalho pélvico e da região lombar. Além dos exercícios, pode ser indicado o uso de equipamentos, como a estimulação elétrica funcional (FES), promovendo a contração dos músculos.

Já quando a diástase dos retos encontra-se em um nível mais avançado (afastamento maior que 5 cm), traz queixas estéticas, os exercícios físicos não apresentaram resultados e o paciente reclama de dor lombar, é indicado tratamento cirúrgico, que pode ser feito de forma convencional, por videolaparoscopia ou por cirurgia robótica.

A cirurgia convencional é realizada de maneira aberta, na qual o cirurgião faz uma única incisão, maior, na região abdominal. Já na videolaparoscopia, considerada um procedimento minimamente invasivo, são realizadas três pequenas incisões, pelas quais o cirurgião insere os instrumentos que irão auxiliá-lo na correção do problema e uma cânula, com uma microcâmera na ponta, que transmitirá imagens em tempo real para a tela de um computador, o que contribui para a melhor visualização do sítio cirúrgico pelo médico.

A cirurgia robótica, por sua vez, é realizada de maneira semelhante à cirurgia por videolaparoscopia, só que, nesse caso, o procedimento é feito por um robô, comandado pelo médico cirurgião. Esse tipo de técnica traz mais precisão aos movimentos, o que diminui riscos na cirurgia, além de proporcionar um tempo de recuperação e de internação menor.

A cirurgia, seja ela realizada por qualquer uma das técnicas, visa aproximar e suturar os músculos retos abdominais. Dependendo da avaliação de cada caso, pode-se associar o procedimento a uma lipoaspiração ou à abdominoplastia, que corrigem o excesso de pele, de flacidez e as estrias da região abdominal.

No caso das gestantes que desenvolveram diástase dos retos, recomenda-se que o procedimento cirúrgico seja realizado entre seis meses e um ano após o parto.

Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Wilson Martinuzzo.

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal

Revista Hospitalar