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Cirurgia de diverticulite
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Procedimento é indicado apenas para casos específicos da doença e pode ser realizado por três diferentes técnicas. Saiba mais lendo o texto a seguir.

A diverticulite é uma inflamação causada pelo acúmulo de bactérias dentro dos divertículos – pequenas bolsas que se formam na parede do intestino –, fazendo com que eles infeccionem. Isso ocorre, na maioria das vezes, quando há acúmulo de fezes no local.

A forma hipertônica da doença é mais comum após os 35 anos. Em torno de 60% da população, há quadros de moléstia diverticular. Desses 60%, cerca de 30% podem apresentar crises de diverticulite aguda, e, dos 30%, até 30% vão apresentar complicações maiores, sendo que 10% destes casos vão necessitar de tratamento cirúrgico, em algum momento.

Quero tratar uma inflamação!

A inflamação poderá melhorar espontaneamente ou com tratamento clínico, ou evoluir para uma complicação, como a formação de abscessos, fístulas (formação de um tecido anormal ligando dois órgãos) ou mesmo obstrução intestinal.

Grande parte dos casos de diverticulite conseguem ser tratados de maneira clínica, com uso de antibióticos e sintomáticos. Às vezes é necessário a internação do paciente devido a complicações como abscessos, que deverão ser drenados. Se ocorrer uma perfuração bloqueada, ainda assim o tratamento será clínico. Se não ocorrer o bloqueio da perfuração, o paciente deverá ser operado com urgência.

Entretanto, a cirurgia de diverticulite de urgência ocorre em caso de exceção.
A cirurgia eletiva programada é indicada nas seguintes situações:

  • Pacientes que já apresentaram várias crises de diverticulite aguda com complicações e prejuízo à qualidade de vida;
  • Formação de fístulas entre órgãos causada por crises de diverticulite;
  • Alteração do calibre do intestino grosso, mais especificamente do sigmoide, causado por crises de diverticulite, que levam ao estreitamento do intestino;
  • Impossibilidade de diferenciar a área de diverticulite da presença de um câncer de intestino, o que é raro.

Como é feita a cirurgia de diverticulite?

Na cirurgia de diverticulite de urgência, é necessário fazer uma colostomia, isto é, a exteriorização do intestino através da parede abdominal. Na cirurgia de diverticulite eletiva programada, por sua vez, a colostomia não é necessária, já que a emenda (anastomose) é realizada ao longo da cirurgia.

Em ambos os casos, a porção do intestino afetada pela diverticulite é removida. Depois disso, caso o paciente tenha realizado a colostomia e não tenha apresentado complicações, o trânsito normal da digestão é restabelecido, após alguns meses, com uma nova cirurgia.

A cirurgia de diverticulite pode ser realizada tanto por via aberta quanto de maneira minimamente invasiva, com a videolaparoscopia e cirurgia robótica.

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Quais os tipos de cirurgia de diverticulite?

A cirurgia de diverticulite pode ser realizada de três maneiras: convencional (aberta), por videolaparoscopia ou cirurgia robótica.

  • Cirurgia convencional: trata-se de uma técnica menos utilizada atualmente, na qual o cirurgião realiza uma grande incisão no abdômen do paciente.
  • Videolaparoscopia: é um procedimento menos invasivo que a cirurgia convencional, e é realizado através de pequenas incisões, onde são inseridas a câmera e as pinças. A cirurgia é realizada através desses instrumentos com a visualização da imagem em um monitor.
  • Cirurgia robótica: é uma técnica minimamente invasiva, realizada por cirurgiões certificados em cirurgia robótica. O diferencial em relação à cirurgia por videolaparoscopia é a imagem gerada em 3D. A articulação e os movimentos das pinças são semelhantes aos do punho humano, o que não acontece com as pinças da videolaparoscopia.Isso resulta em uma cirurgia precisa, com mínimo sangramento e mínimo trauma tecidual. Atualmente, é o método cirúrgico mais avançado que temos à disposição para a cirurgia de diverticulite.

Como é o pós-operatório da cirurgia de diverticulite?

Dependendo da técnica escolhida para a cirurgia de diverticulite – se aberta ou minimamente invasiva –, o paciente fica internado, em média, de 2 a 7 dias. Quanto mais minimamente invasivo for o método utilizado, melhor é o pós-operatório, com menos dor e menor tempo de internação, assim como menor taxa de complicações.

É recomendado que, logo após o procedimento, o paciente se levante e faça pequenas caminhadas para evitar o surgimento de trombose.

A dieta é iniciada no mesmo dia da cirurgia, com a introdução de alimentos líquidos. Conforme a recuperação vai evoluindo e o paciente vai aceitando melhor a alimentação, são introduzidos alimentos mais consistentes e em maior quantidade.

O afastamento de suas atividades normais também varia conforme a técnica utilizada.

Além disso, é recomendado que o paciente siga as seguintes orientações:

  • Evitar carregar peso nos primeiros sete a dez dias;
  • Não praticar atividades físicas intensas nos primeiros 30 dias após a cirurgia de diverticulite, e retomá-las gradativamente, após liberação médica;
  • Não dirigir por sete dias;
  • Tomar as medicações prescritas pelo cirurgião, como analgésicos e anti-inflamatórios.

Perguntas frequentes sobre a cirurgia de diverticulite

Quais os riscos da cirurgia de diverticulite?

Os riscos são diferentes entre a cirurgia de urgência e a cirurgia programada. Na cirurgia programada, o maior risco é em relação à anastomose, que é a emenda realizada no intestino.

A cicatrização não adequada pode ocasionar fístulas, que muitas vezes exigem uma nova cirurgia. Porém, com o avanço tecnológico dos grampeadores que utilizamos para essas emendas, esse risco tem diminuído ano após ano.

Existe o risco de recidiva da diverticulite após a cirurgia?

Sim. Há evidências que apontam para o risco de recidiva de crises de diverticulite após tratamento cirúrgico em até 10% dos casos, sendo que pode haver necessidade de reoperação em cerca de 3% deles.

Se o paciente não fizer a cirurgia, a diverticulite pode evoluir para câncer no intestino?

Não. A diverticulite não possui relação nem aumenta as chances de desenvolvimento do câncer no intestino.

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Fontes:

Manual MSD

Sociedade Americana de Cirurgiões do Cólon e Retal

Associação Médica Brasileira