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O que é colostomia?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
08/04/2024

Procedimento liga o intestino grosso diretamente à parede abdominal para permitir a saída de fezes para uma bolsa coletora

Algumas doenças relacionadas ao sistema gastrointestinal podem exigir uma intervenção cirúrgica chamada colostomia. O procedimento cria uma abertura na parede abdominal para permitir a eliminação de fezes e gases ao meio externo quando existe algum problema que impede o funcionamento adequado do intestino grosso.

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Continue a leitura para saber mais sobre a colostomia, suas indicações, como é realizado e os cuidados necessários antes e depois dessa cirurgia.

O que é colostomia?

A colostomia é um tipo de ostomia, isto é, a criação de um orifício alternativo para o meio exterior para possibilitar a saída de fezes e urina ou auxiliar na respiração e alimentação. Na colostomia, uma parte do intestino grosso é ligada à parede abdominal para permitir a saída de fezes para uma bolsa coletora, fixada com adesivo na pele do abdômen.

O procedimento pode ter caráter temporário ou definitivo, a depender das condições do paciente.

Para quem esse procedimento é indicado?

A colostomia é necessária para pacientes que removeram parte do intestino ou que necessitam desviar o trânsito intestinal, de forma a impedir a eliminação das fezes por vias naturais por conta de algum problema no funcionamento do aparelho digestivo.

Normalmente, as situações que exigem o procedimento são:

  • Câncer no intestino;
  • Doença de Crohn;
  • Diverticulite;
  • Traumas e lesões no cólon ou no reto;
  • Obstrução intestinal;
  • Perfuração do intestino com contaminação da cavidade abdominal.

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Tipos de colostomia

Os diferentes tipos de colostomia variam de acordo com a porção do cólon que necessita da ostomia. Desse modo, os tipos são:

Colostomia ascendente

Realizada na parte ascendente do cólon, localizada no lado direito do abdômen. Nesse caso, as fezes têm uma consistência mais líquida.

Colostomia transversa

Feita na porção superior do intestino, entre o cólon ascendente e o descendente. As fezes são semilíquidas e pastosas.

Colostomia descendente

Realizada no lado esquerdo do abdômen, cujas fezes têm um aspecto mais sólido.

Colostomia sigmoide

Colostomia feita na parte inferior do abdômen, bem próximo ao reto, por isso as fezes já saem formadas.

Como é o preparo da colostomia?

Antes da cirurgia, a equipe médica multidisciplinar busca conhecer os hábitos de vida e as necessidades individuais do paciente para recomendar a melhor posição para o estoma, local da pele que ficará conectado ao intestino. Isso ajuda na melhor adaptação à bolsa e evita problemas de vazamento e irritação da pele.

Se for uma cirurgia eletiva, o médico irá definir o local do estoma com base nos seguintes critérios:

  • A bolsa deve ser fixada em um local visível e de fácil acesso ao paciente;
  • Deve-se evitar colocar o estoma próximo a cicatrizes, saliências ósseas e dobras de pele para facilitar a adesão da bolsa à pele;
  • A posição do estoma deve ser avaliada considerando as posições em pé, sentada e em flexão.

Como o procedimento é realizado?

O cirurgião faz uma incisão na parede abdominal do local previamente escolhido para ser o estoma, o qual será conectado à alça intestinal escolhida. Em seguida, é colocada a bolsa de colostomia sobre o estoma, fixada em uma placa adesiva para impedir o contato da pele com o material eliminado.

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Como cuidar da bolsa da colostomia?

O paciente recebe um treinamento sobre como fazer a higienização correta do estoma e da bolsa e quando ela deve ser esvaziada e trocada, por exemplo. Alguns cuidados recomendados nesse sentido são:

  • Higienizar a região do estoma com água, sabão neutro e esponja macia, sempre de forma delicada e sem aplicar pressão no local;
  • Utilizar pomadas ou produtos protetores para a pele;
  • Trocar a bolsa conforme a recomendação médica;
  • Retirar a bolsa preferencialmente na hora do banho para facilitar o descolamento do adesivo;
  • Não carregar muito peso ou fazer esforço excessivo com o abdômen.

Além desses cuidados, o acompanhamento nutricional é importante para realizar mudanças alimentares que melhoram o processo de digestão e eliminação das fezes.

Como a bolsa deve ser esvaziada?

A bolsa deve ser esvaziada de acordo com o funcionamento do intestino, mas o ideal é que isso seja feito quando ela atingir 2/3 do seu volume total para evitar o acúmulo de resíduos.

O conteúdo deve ser colocado no vaso sanitário e a bolsa de colostomia deve ser descartada, caso ela não seja reutilizável.

Riscos e complicações da colostomia

Todo procedimento cirúrgico oferece riscos, ainda que eles possam ser minimizados pela capacidade do cirurgião e se forem realizados todos os cuidados necessários no pré e pós-operatório.

Em relação à colostomia, os principais riscos e complicações são:

  • Prolapso do intestino ou formação de hérnias;
  • Obstrução intestinal ocasionada por torção da alça exteriorizada ou abertura de tamanho menor do que o necessário;
  • Irritações, coceiras ou feridas na pele devido ao contato com o material da bolsa;
  • Hemorragias.

O local do estoma deve ter uma coloração rosa vívida, de aspecto brilhante, liso e úmido, semelhante às mucosas, e não deve apresentar coceira, feridas, vermelhidão e dor.

Vale salientar que a realização da colostomia não impede o paciente de levar uma vida normal, desde que tome todos os cuidados recomendados com a bolsa. Com isso, são liberadas as práticas de atividades físicas, entrar na água, manter relações sexuais, trabalhar e executar as demais atividades de rotina.

Para mais informações, agende uma consulta com o Dr. Wilson Martinuzzo, cirurgião geral com mais de 14 mil procedimentos realizados em mais de 30 anos de atuação na área.

 

Fonte:

Unifesp