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Cirurgia de pedra na vesícula
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
4 min. de leitura

A cirurgia para pedra na vesícula está cada vez mais avançada e segura, principalmente quando realizada por técnicas minimamente invasivas

A vesícula biliar é um órgão que faz parte do fígado e que desempenha um papel importante no processo de digestão, armazenando a bile – substância produzida pelo fígado que atua na digestão de gorduras – para depois liberá-la para o intestino após as refeições.

Em algumas situações, pedras, também chamada cálculo biliar, podem se formar na vesícula, causando dores e incômodos. Isso pode ocorrer quando há um desequilíbrio entre as substâncias que compõem a bile – sais biliares, bilirrubina, colesterol e água – ou quando a vesícula se movimenta mais lentamente.

Para este problema, o tratamento mais eficaz é a cirurgia de pedra na vesícula (colecistectomia).

Quero saber mais sobre essa cirurgia!

Como a cirurgia de pedra na vesícula é realizada?

A cirurgia de pedra na vesícula, também chamada de colecistectomia, é feita com anestesia geral e consiste na remoção da vesícula biliar com as pedras. Além de não ser viável tecnicamente retirar apenas os cálculos, existe a probabilidade de novos cálculos se formarem.

Ela pode ser feita de maneira programada ou em situações de urgência, como quando o paciente apresenta sintomas como cólica e dor intensa, pois isso pode ser um sinal de inflamação ou infecção. Nesses casos, a cirurgia de pedra na vesícula evita que o quadro evolua para possíveis complicações.

O procedimento pode ser feito por três técnicas. São elas:

Videolaparoscopia

Nesta técnica, o cirurgião realiza três ou quatro pequenas incisões, de cerca de 5 a 10 mm, também no abdômen. Por elas, ele insere os instrumentos que o ajudarão a realizar a cirurgia de pedra na vesícula, como pinças e tesouras, e uma microcâmera, que transmite imagens 2D para uma tela de computador, possibilitando que o médico tenha uma visualização completa do local que está sendo operado.

Cirurgia robótica

Também é realizada com pequenas incisões, porém, o que a diferencia da videolaparoscopia é que, na cirurgia robótica, o médico conta com a ajuda de um robô, comandado por ele, o que garante maior precisão.

Tanto a videolaparoscopia quanto a cirurgia robótica são consideradas técnicas minimamente invasivas que trazem como vantagens:

  • Tempo menor de internação e de recuperação;
  • Menos risco de sangramentos e complicações;
  • Menor dor no pós-operatório, o que reduz a necessidade de uso de medicamentos;
  • Retorno mais rápido às atividades de rotina.

Cirurgia robótica para pedra na vesícula com o Dr. Wilson Martinuzzo!

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Quando a cirurgia de pedra na vesícula é indicada?

O procedimento é, na maioria das vezes, indicado nas seguintes situações:

  • Quando foram identificadas pedras na vesícula após a realização de exames de imagem, mesmo que o paciente não apresente sintomas, devido ao risco de possíveis complicações;
  • Nos casos de colecistite crônica (quando ocorrem crises de dor repetidas), colecistite aguda (quando há inflamação da vesícula) ou de pancreatite (inflamação que ocorre no pâncreas por conta da saída das pedras);
  • Quando há a presença de pólipos ou alterações na vesícula que possam sugerir um possível câncer.

Quais são os riscos da cirurgia de pedra na vesícula?

Os riscos da cirurgia de pedra na vesícula são os mesmos que podem ocorrer em qualquer cirurgia, como dor no local das incisões, inchaço, sangramento e infecções, além dos riscos existentes na anestesia.

É aconselhável procurar atendimento médico caso o paciente apresente:

  • Febre superior a 38ºC;
  • Pus no corte;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Falta de ar;
  • Vômitos;
  • Dor que não cede mesmo com o uso dos medicamentos indicados pelo médico.

É importante lembrar que os riscos que aumentam conforme os casos são mais graves.

Por esse motivo, a cirurgia de pedra na vesícula deve ser feita antes que ocorra algum tipo de complicação.

Como é o pós-operatório da cirurgia de pedra na vesícula?

O paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte ao da cirurgia de pedra na vesícula, com recomendação de fazer repouso durante a primeira semana. Contudo, é recomendado fazer pequenas caminhadas assim que ele consiga se levantar.

É comum, nos primeiros dias, haver dor ou desconforto no abdômen – a dor também pode se irradiar para o ombro ou pescoço.

Quando a cirurgia é realizada por uma técnica minimamente invasiva, em cerca de uma semana o paciente pode retornar às suas atividades normais.

A prática de atividades físicas intensas devem ser evitadas no primeiro mês e só retomadas com liberação médica.

Além disso, o paciente deve usar as medicações prescritas pelo médico, como anti-inflamatórios e analgésicos, evitar dirigir por sete dias.

Podem ocorrer, depois da cirurgia de pedra na vesícula, alterações no intestino, que fica mais solto, causando diarreia. Porém, esses sintomas costumam melhorar com o passar dos meses e com a redução do consumo de alimentos gordurosos.

A retirada da vesícula não causa problemas ao paciente. A bile que é produzida no fígado vai continuar sendo produzida, mas, em vez de ficar armazenada na vesícula, seguirá diretamente para o intestino para eliminar a gordura dos alimentos.

Para saber mais sobre a cirurgia de pedra na vesícula, entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Wilson Martinuzzo.

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Cirurgia Digestiva