Exame é importante para detectar, precocemente, o câncer de intestino e outras doenças
Quando são identificadas lesões potencialmente cancerosas ou que podem representar outras doenças, pode ser necessária, para além dos exames de imagem, uma análise mais direta das células e tecidos afetados. Nesses casos, o procedimento mais indicado é a biópsia.
No caso da biópsia intestinal, a coleta do material a ser analisado é, geralmente, feita durante a colonoscopia. Entenda, no conteúdo a seguir, como a biópsia intestinal é realizada e quais doenças pode detectar.
O que é a biópsia intestinal?
A biópsia intestinal consiste na coleta de tecidos do intestino para análise posterior. Assim, é possível identificar a origem de lesões que podem ser encontradas em exames de imagem, como pólipos, úlceras, sinais de inflamação ou outras alterações.
Na maioria dos casos, a biópsia intestinal é realizada durante a colonoscopia. Mais raramente, pode ser necessária a realização da biópsia de forma incisional, ou seja, para remover lesões mais extensas por meio de um procedimento mais invasivo.
Quando é indicada?
Como mencionado anteriormente, a biópsia intestinal é indicada quando são encontradas lesões como pólipos, úlceras e inflamações nos tecidos que formam a parede do intestino grosso.
Essas lesões costumam ser encontradas e analisadas nas seguintes situações:
- Quando o paciente se queixa de sintomas como diarreia ou prisão de ventre constantes, dores abdominais, sangue nas fezes e outras alterações que podem ter origem intestinal;
- Quando o paciente realiza exames de prevenção do câncer colorretal, seja a partir dos 45 anos ou antes, quando há histórico familiar da doença;
- Quando a colonoscopia é indicada como parte de um check-up médico geral e são encontradas lesões que devem ser analisadas;
- Quando o médico suspeita de alguma lesão observada em outros exames de imagem.
Como é feita a biópsia intestinal?
Como mencionado anteriormente, a maioria das biópsias intestinais é realizada durante a colonoscopia, um exame em que um tubo com uma câmera e uma fonte de luz em sua ponta, chamado endoscópio, é inserido através do ânus.
Assim, é possível visualizar de forma detalhada as estruturas dos tecidos que formam as paredes do intestino grosso e encontrar possíveis lesões. Na necessidade de biópsia, os instrumentos são inseridos junto ao endoscópio para que sejam coletadas as amostras.
Assim como em toda colonoscopia, o paciente deve se preparar para realizar o exame, para que o cólon fique limpo e sua parede consiga ser visualizada com clareza. Essa preparação pode incluir, desde o dia anterior ao exame, dieta líquida, interrupção do uso de medicamentos e uso de laxantes.
Além disso, como já dito, existem também casos em que a biópsia intestinal envolve a retirada de maiores quantidades de tecidos, por meio de uma incisão. Nesses casos, o procedimento é cirúrgico.
Para que serve a biópsia intestinal?
Os tecidos coletados em uma biópsia intestinal são analisados em laboratório. Essa análise é fundamental para o diagnóstico do câncer de intestino, ou câncer colorretal, mas pode, também, auxiliar na detecção de outras doenças, tais como:
- Tumores benignos;
- Inflamação;
- Pólipos;
- Colite ulcerativa;
- Doença de Crohn.
Possíveis riscos e complicações
Na maioria dos casos, a biópsia intestinal é realizada sem maiores complicações. Os principais riscos, ainda que raros, da realização da biópsia por meio da colonoscopia, são sangramentos, reações à sedação e perfuração intestinal.
Por serem muito raros, os riscos da biópsia intestinal não podem gerar preocupação excessiva nem devem ser fator de impedimento para realizar o exame, uma vez que a biópsia pode ser fundamental para a detecção precoce de doenças graves, como o câncer. Assim, as chances de sucesso do tratamento também são maiores.
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Fontes:
Dr. Wilson Martinuzzo
Instituto Nacional do Câncer
Sociedade Brasileira de Patologia