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Diverticulite pode virar câncer?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
16/04/2025
3 min. de leitura

Saiba se a diverticulite pode virar câncer e entenda a relação entre essas doenças

O diagnóstico da diverticulite é, muitas vezes, recebido com preocupação por causa do risco de ocorrência de complicações caso a doença não seja tratada adequadamente. Nesse sentido, uma das principais preocupações dos pacientes é se a diverticulite pode virar câncer.

Para responder a essa dúvida e explicar as diferenças entre a diverticulite e o câncer de intestino, preparamos este conteúdo. Acompanhe.

O que é diverticulite?

Para entender se diverticulite pode virar câncer, precisamos compreender primeiro o que é essa doença. Quando o intestino está envelhecendo ou sofre com fezes oriundas de uma alimentação pobre em fibras, sua parede perde elasticidade e forma pequenas bolsas ou saculações chamadas divertículos. Quando fragmentos de fezes ficam presos nos divertículos, eles podem inflamar ou infeccionar, sendo essa a condição que chamamos de diverticulite.

Os principais sintomas da diverticulite são cólicas intensas, distensão abdominal, constipação, diarreia e formação de gases em excesso no intestino. Nos casos com complicações, outros sintomas mais intensos podem ocorrer.

Estima-se que 60% das pessoas adultas tenham divertículos e que 30% delas possam desenvolver a diverticulite em algum momento de suas vidas. Pessoas com mais de 40 anos, fumantes, sedentárias e com excesso de peso são mais propensas a terem a doença.

Diferenças entre diverticulite e câncer de intestino

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O câncer de intestino é um tipo de tumor maligno que pode ocorrer no cólon, reto ou ânus. A doença surge quando células que formam os tecidos intestinais começam a se multiplicar descontroladamente, formando pólipos que, posteriormente, se tornam os tumores malignos propriamente ditos.

Ou seja, a principal diferente entre a diverticulite e o câncer de intestino está na própria origem das doenças. Como entendemos anteriormente, a diverticulite é a inflamação dos divertículos, que são diferentes dos pólipos e tumores intestinais que se formam a partir da multiplicação celular. Entender essa diferença é fundamental para que possamos compreender se diverticulite pode virar câncer.

Qual a relação entre diverticulite e câncer do intestino?

A afirmação de que diverticulite pode virar câncer de intestino é um mito. A partir das definições de cada uma das doenças e do entendimento sobre como elas se manifestam, podemos compreender que as lesões que caracterizam a diverticulite não podem se desenvolver até que se tornem tumores malignos intestinais.

A principal razão que faz com que as pessoas acreditem que a diverticulite pode virar câncer é a semelhança entre alguns sintomas. Isso porque, quando sintomático, o câncer de intestino tem sintomas como:

  • Alterações nos hábitos intestinais;
  • Dor e desconforto abdominal;
  • Fraqueza, anemia e sangue nas fezes;
  • Distensão abdominal;
  • Perda de peso e apetite.

Como vimos, sintomas como distensão, dor e alterações nos hábitos intestinais são comuns às duas doenças. Dependendo do caso e da gravidade da diverticulite, outros sintomas também podem estar presentes, facilitando ainda mais a confusão ou o medo de que a diverticulite pode virar câncer.

No entanto, ainda que não seja verdade que diverticulite pode virar câncer, existe um risco aumentado de desenvolvimento de tumores malignos nos parte de quem tem diverticulite. Ou seja, uma pessoa com crises recorrentes de diverticulite aguda pode vir a desenvolver o câncer de intestino com mais facilidade, mas não porque as lesões nos divertículos se tornaram câncer.

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Por que é importante ter o acompanhamento médico?

Como vimos, ainda que a afirmação “diverticulite pode virar câncer” não seja verdadeira, a condição é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do tumor maligno colorretal e, por isso, o acompanhamento médico deve ser cuidadoso.

Nesse sentido, a frequência de exames como a ultrassonografia, a colonoscopia e exames laboratoriais deve ser maior, bem como as consultas com o médico especialista, que devem ser periódicas. Assim, qualquer sinal que indique um possível câncer de intestino ou mesmo complicações graves da diverticulite (abscessos, fístulas e perfurações intestinais, por exemplo) pode ser identificado e tratado o mais rápido possível.

Para saber mais sobre diverticulite, câncer de intestino e outras doenças do sistema digestivo, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Wilson Martinuzzo.

Fontes:

Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)

Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN)