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Doença de Crohn: sintomas e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
12/08/2024
6 min. de leitura

Dor abdominal, diarreia e perda de peso são sintomas dessa condição que não tem cura, mas pode ser controlada

A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta o trato gastrointestinal. Essa condição médica é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de intestino, já que permanece ativa por longo tempo e pode provocar o surgimento de lesões e perfurações.

Dentre outras razões, a inflamação persistente aumenta as chances de danos nas células do intestino e os processos de cicatrização repetitivos para o reparo das perfurações permitem a multiplicação celular acelerada, o que pode resultar em erros genéticos que levam ao câncer. Portanto, o tratamento precoce da doença de Crohn diminui esses riscos.

O que é a doença de Crohn?

A doença de Crohn é uma doença inflamatória que afeta o trato gastrointestinal, em particular a parte inferior do intestino delgado, denominado íleo, e intestino grosso, que é o cólon. O tratamento visa amenizar os desconfortos e permitir uma melhor qualidade de vida ao paciente.

O acompanhamento da doença também é necessário para evitar complicações, como as obstruções intestinais, situação em que as paredes do intestino se aderem e impedem a movimentação do bolo fecal, as fístulas, as úlceras e o câncer intestinal.

Fatores de risco da doença de Crohn

Ainda que as causas não sejam completamente compreendidas, existem fatores de risco associados ao surgimento da doença de Crohn, que desencadeiam ou pioram o quadro crônico. São eles:

  • Desregulação do sistema imunológico;
  • Genética, já que pessoas com histórico familiar da condição costumam manifestá-la também;
  • Idade entre os 14 e os 24 anos;
  • Histórico de infecções intestinais, em especial para quem tem predisposição genética;
  • Má alimentação;
  • Tabagismo;
  • Oessoas de ascendência norte-europeia e anglo-saxã.

Principais sintomas da doença de Crohn

Como a doença de Crohn pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal, os sintomas se alteram conforme a localização e a intensidade da inflamação. Os sinais mais comuns são:

Diarreia

A diarreia é um dos principais sintomas da doença, já que costuma ser crônica. Isso significa que ela é frequente e persistente. A diarreia pode surgir subitamente ou se desenvolver de forma lenta. Além disso, é comum a presença de sangue e de muco em casos mais graves.

Dor abdominal

A dor abdominal também é um dos indícios mais frequentes da doença de Crohn. Ela pode variar de leve a intensa e costuma se concentrar na região inferior do abdômen. A diarreia e a dor abdominal são mais propensas a surgirem após as refeições.

Perda de peso

A perda de peso é sinal e consequência dessa condição devido a vários motivos, como a falta de apetite, a diarreia recorrente e a redução da absorção de nutrientes. Ainda que o paciente se alimente bem, o mau funcionamento do intestino não permite que vitaminas, minerais e calorias sejam aproveitados de forma apropriada pelo organismo, dificultando a manutenção do peso.

Fadiga

A sensação de cansaço excessivo que não melhora com repouso é comum em pacientes com a doença de Crohn por várias razões, como o aumento do consumo de energia por parte do sistema imunológico, a má absorção de nutrientes e a anemia, em casos de perdas de sangue nas fezes. A fadiga compromete as atividades diárias, até mesmo o preparo e o consumo de alimentos.

Febre

Ainda que não sejam todos os pacientes que sintam a febre, ela é um indício de que a inflamação está ativa no organismo. Além disso, pode ser um sinal de infecção, de complicação ou de reação ao medicamento utilizado. Portanto, quadros febris requerem maiores investigações e precauções.

Anemia

A anemia é um dos sinais de doença de Crohn por causa das feridas no revestimento do intestino. Mesmo perdas graduais de sangue nas fezes podem levar à deficiência de ferro com o passar do tempo. Além disso, a má absorção de nutrientes compromete a produção de glóbulos vermelhos saudáveis.

Úlceras

As úlceras são complicações da doença de Crohn. Essas lesões são formadas a partir da inflamação do revestimento do trato gastrointestinal e são responsáveis por diversos desconfortos, como a dor abdominal e a diarreia com sangue ou muco. As úlceras precisam ser tratadas para não evoluírem para obstrução intestinal, fístulas e acúmulos de pus.

Sangramento fecal

O sangramento fecal é frequente na doença de Crohn, ainda mais em momentos de exacerbação da inflamação. Esse sintoma pode aparecer quando as úlceras se rompem e provocam hemorragia no trato digestivo.

Redução do apetite

Como os pacientes com doença de Crohn sentem dores abdominais durante e após as refeições, é comum que eles queiram evitar a alimentação. A fadiga também afeta o ânimo para preparar e consumir as refeições. Além disso, a fome pode ser desregulada até mesmo por causa do estado emocional da pessoa, reduzindo o apetite.

Dores articulares

As dores articulares são uma manifestação dos sintomas fora do sistema digestivo, sendo a artrite a mais frequente. Geralmente, ela afeta os joelhos, os tornozelos, os punhos e os cotovelos, apresentando melhora com o tratamento da doença de Crohn. Também é possível que essa dor se espalhe pelo corpo com uma sensação de dor difusa ou ataque regiões, como a coluna.

Fístulas

Fístulas são semelhantes a pequenos túneis que conectam duas estruturas sem conexão normalmente, como um órgão a outro. No caso da doença de Crohn, a inflamação crônica forma úlceras no revestimento intestinal, que podem criar esses tipos de canais.

A doença de Crohn é grave?

A gravidade da doença de Crohn depende da sua evolução. Embora essa condição afete a qualidade de vida dos pacientes e exija períodos de hospitalização em alguns casos, é possível melhorar a rotina ao realizar o tratamento adequado.

Portanto, algumas pessoas podem sentir sintomas leves enquanto outras podem ter crises intensas e que evoluem para complicações sem o acompanhamento correto. Por ser uma doença crônica e recorrente, deve ser diagnosticada precocemente para facilitar o controle.

Como o diagnóstico é realizado?

O médico pode suspeitar da doença de Crohn em pacientes com queixas de dores abdominais e diarreia recorrentes, em especial se eles possuírem histórico familiar desse problema. Para a confirmação do diagnóstico, o especialista costuma solicitar exames, como:

  • Endoscopia;
  • Enteroscopia
  • Colonoscopia;
  • Ressonância magnética;
  • Ultrassonografia.

Como é o tratamento da doença de Crohn?

Ainda que não exista cura para a doença de Crohn, o tratamento diminui a inflamação e, consequentemente, os sintomas. Para isso, o médico avalia o quadro clínico do paciente para classificar a doença em leve, moderada ou grave. Em casos mais simples, a medicação e a mudança na dieta auxiliam no controle.

Parte significativa dos pacientes necessitam de intervenção cirúrgica quando a condição se agrava. A cirurgia trata as complicações e retira partes comprometidas do intestino, aliviando os sintomas. Porém, os desconfortos retornam com o tempo na região em que o intestino é religado.

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Fonte:

Ministério da Saúde