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Hemorroidas
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
3 min. de leitura

Problema é relativamente comum na população e não tem relação com o câncer. Porém, dependendo dos sintomas e de complicações locais, pode ser tratado com cirurgia.

As hemorroidas constituem um problema mais comum do que se pensa. Estimativas apontam que até metade da população adulta poderá ter esse incômodo em algum momento da vida.

No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas tenham hemorroidas. A condição costuma se manifestar com mais frequência nos adultos entre 40 e 60 anos. Nas mulheres, ela costuma surgir mais cedo, principalmente durante a gestação (30 a 40% das grávidas sofrem de hemorroidas).

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O que são hemorroidas?

Hemorroidas são veias ao redor do ânus ou do reto que se inflamam ou dilatam. A obstipação intestinal e o ressecamento das fezes implicam na necessidade de realizar um esforço maior para evacuar, ocorrendo assim uma pressão maior nesse plexo venoso anorretal, o que aumenta a ocorrência de complicações como: trombose hemorroidária, sangramento e prolapso.

As hemorroidas podem ser divididas em dois tipos:

  • Externas: são visualizadas na borda anal;
  • Internas: localizam-se acima do esfíncter anal.

As hemorroidas internas são classificadas em quatro graus:

  • Grau I: ficam restritas ao ânus, ou seja, as hemorroidas não saem do ânus na hora de evacuar;
  • Grau II: extrapolam a região do ânus durante a evacuação ou durante esforço, mas retornam à posição original espontaneamente.
  • Grau III: extrapolam a região anal e só retornam para dentro com ajuda manual.
  • Grau IV: estão prolapsadas através do ânus e o retorno não é possível nem com ajuda manual.

Quais as causas das hemorroidas?

Existem alguns fatores de risco que podem favorecer o aparecimento das hemorroidas. Dentre eles, podemos destacar:

  • Prisão de ventre;
  • Gravidez (devido à pressão que o feto exerce sobre as veias da parte inferior do abdômen);
  • Obesidade (o excesso de peso aumenta a pressão nas veias abdominais);
  • Esforço para evacuar;
  • Sedentarismo (diminui o estímulo para a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do ânus);
  • Predisposição genética (casos de hemorroidas na família podem indicar predisposição para desenvolver a doença, porém, é possível o seu desenvolvimento sem que haja antecedentes familiares);
  • Dieta pobre em fibras e pouca ingestão de líquidos.

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Quais os sintomas das hemorroidas?

A passagem das fezes pelas veias dilatadas pode causar ferimentos que levam a sintomas como:

  • Coceira, provocada pelo inchaço das veias;
  • Sangramento resultante do rompimento das veias anais (podem ser observados sinais de sangue aguado ou manchas de sangue perceptíveis na roupa íntima ou no papel higiênico). O sangramento que ocorre devido às hemorroidas costuma ser de pequena quantidade. Porém, se for frequente, pode até levar à anemia por carência de ferro. Sangramentos de grande volume não são comuns, mas podem ocorrer em alguns casos;
  • Dor ou ardor durante ou após a evacuação;
  • Saliência palpável no ânus;
  • Trombose hemorroidária, quando se formam coágulos no interior dessas varizes anais;
  • Prolapso, que é a exteriorização do mamilo hemorroidário.

Como evitar as hemorroidas?

É possível evitar o surgimento das hemorroidas – e os incômodos que elas podem causar – com a adoção de algumas medidas no dia a dia. As principais que devem ser consideradas são:

  • Evitar o uso de papel higiênico, pois isso irrita e aumenta a inflamação. Lave a região anal e seque com uma toalha de algodão;
  • Ter uma dieta saudável à base de alimentos ricos em fibras e frutas;
  • Consumir bastante líquido, como água, sucos e chás;
  • Evacuar sempre que sentir necessidade;
  • Evitar permanecer sentado no vaso sanitário se não conseguir evacuar naquele momento;
  • Evitar permanecer muito tempo na mesma posição. Movimente-se durante o dia;
  • Fazer banhos de assento mornos e compressas de gelo para aliviar os sintomas e eliminar o inchaço.

Como é o tratamento?

O tratamento clínico é baseado na correção dos hábitos citados acima, e o tratamento cirúrgico é reservado para as complicações — temos à disposição diferentes técnicas, desde a cirurgia tradicional até técnicas menos invasivas.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD

National Institutes of Health (NIH)

Medscape