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Hérnia epigástrica
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Comum em homens com idade entre 20 e 50 anos, a hérnia epigástrica muitas vezes não causa sintomas, apenas leve dor quando o abdômen é pressionado

A hérnia epigástrica é uma abertura (orifício) na parede abdominal, localizada na linha média do abdomên, entre o umbigo e o tórax. E, através dessa abertura, pode ocorrer a passagem de um órgão intra-abdominal, o que irá ocasionar um abaulamento visível.

Essa abertura pode surgir como consequência de um problema congênito ou durante a vida do paciente, por situações como ganho excessivo de peso, gestação, maus hábitos (como tabagismo) ou pela prática intensa de atividades físicas com muito peso.

Vários são os tipos de hérnia do abdômen. Entre elas, temos a hérnia epigástrica.

Quero tratar uma hérnia epigástrica!

O que é hérnia epigástrica?

Como dissemos acima, a hérnia epigástrica é uma abertura da linha média da parede abdominal que ocorre acima da cicatriz umbilical, podendo ou não estar associada à diástase dos retos abdominais.

Ela acomete cerca de 10% das pessoas que têm hérnia abdominal e atinge principalmente homens com idade entre 20 e 50 anos.

A causa da hérnia epigástrica é a formação de pequenos pontos de fraqueza na região da linha média. No entanto, não se conhece um fator muito bem estabelecido que seja apontado como causa desse enfraquecimento.

Uma das teorias mais aceitas é a de que a fixação do diafragma provoca uma tensão maior na região epigástrica, desencadeando a formação desse tipo de hérnia. Trabalho pesado, tosse, esforço, prática de atividades físicas intensas, tabagismo, diabetes e uso crônico de medicações que alterem a imunidade, como os corticoides, podem ter relação com o seu aparecimento.

Existem casos, especialmente quando a hérnia epigástrica é pequena e assintomática, em que não há relato de sintomas para além da área protusa na região epigástrica. Em alguns casos, o indivíduo pode sentir dor ou desconforto no local da hérnia, principalmente ao praticar atividades físicas (havendo melhora com o repouso) e ao pressionar o abdômen.

O diagnóstico geralmente é feito apenas com um exame físico durante a consulta. Em casos de possível dúvida, o médico pode solicitar a realização de exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada do abdômen.

Como complicação dessas hérnias, pode ocorrer o encarceramento, que é o aprisionamento do órgão que passou através do orifício, podendo causar obstrução intestinal, situação essa que requer tratamento cirúrgico de urgência.

Também pode ocorrer o estrangulamento deste órgão encarcerado, que é a interrupção da sua circulação sanguínea, situação essa que também requer cirurgia de urgência mais complexa, já que será necessário remover o órgão estrangulado, geralmente o intestino.

Tipos de cirurgia de hérnia epigástrica

Assim como ocorre com outros tipos de hérnia, a epigástrica também só é tratada definitivamente com cirurgia. O objetivo da cirurgia de hérnia epigástrica é reintroduzir os tecidos em seus locais de origem e suturar a abertura. Dependendo do tamanho da abertura, pode ser necessária a colocação de tela para reforçar a região e diminuir a incidência de recidiva. A cirurgia pode ser realizada com anestesia geral ou raquidiana.

Na cirurgia convencional para correção da hérnia epigástrica, é realizada uma incisão na linha média do abdomên e o trauma cirúrgico é maior. Já a cirurgia por videolaparoscopia, considerada um procedimento menos invasivo, é realizada através de pequenas incisões, que variam de 5 a 10 mm, em um dos lados do abdômen.

Por elas, o cirurgião insere as pinças e uma microcâmera, que transmite imagens em tempo real para uma tela de computador, que o auxiliam a ter uma visão mais clara do campo cirúrgico. Essa técnica é indicada, geralmente, para hérnias de tamanho menor ou que já foram operadas anteriormente, mas devemos levar em consideração a dificuldade técnica deste método para realizar suturas na parede anterior do abdomên.

Atualmente, a melhor alternativa para a correção da hérnia epigástrica de forma minimamente invasiva é a cirurgia robótica, que é uma evolução da videolaparoscopia, em que não temos as dificuldades técnicas para a realização de suturas na parede anterior do abdomên.

A cirurgia robótica é realizada com a ajuda de uma plataforma comandada pelo cirurgião. Isso garante movimentos articulados que facilitam a realização de cirurgias mais complexas.

A cirurgia minimamente invasiva proporciona uma recuperação mais rápida ao paciente, com menos dor, menor risco de sangramento, menor tempo de internação, menor índice de complicações de parede abdominal e retorno mais rápido às atividades rotineiras, além de um melhor resultado estético.

Pós-operatório da cirurgia de hérnia epigástrica

Geralmente, a recuperação da cirurgia de hérnia epigástrica realizada de forma minimamente invasiva é rápida e com baixo risco de complicação. O paciente recebe alta no mesmo dia ou 1 dia após o procedimento.

Durante o período de recuperação, a pessoa deve evitar fazer esforços, como carregar peso e realizar atividades intensas por um período que pode variar de acordo com a extensão da cirurgia. O retorno dos exercícios deve ser feito de forma gradual, evitando pressionar a região abdominal até a completa cicatrização.

É importante também seguir todas as recomendações de uso de medicamentos feitas pelo cirurgião, bem como incluir o consumo de fibras e água para evitar constipações e consequente esforço para evacuar.

Outra recomendação que deve ser seguida com atenção é a observação de sintomas que podem indicar possíveis complicações pós-operatórias, como inchaço, vômitos, calafrio, tosse e falta de ar. A dor persistente mesmo com uso de medicação também precisa ser investigada.

Para saber mais sobre a hérnia epigástrica, entre em contato agora mesmo e agende uma consulta com o Dr. Wilson Martinuzzo.

 

Fontes:

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal

Mundo Educação UOL