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Tumores do estômago
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
6 min. de leitura

Conheça os principais fatores de risco e sintomas causados por estes tipos de câncer e como eles podem ser tratados

Depois do câncer colorretal, os tumores do estômago são os cânceres do trato gastrointestinal mais frequentes no Brasil. A incidência nos homens é 1,5 vez maior do que nas mulheres e a faixa etária mais atingida é a que vai dos 50 aos 70 anos de idade — aproximadamente dois terços dos casos ocorrem acima dos 65 anos de idade.

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O que é câncer de estômago?

O câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, se desenvolve lentamente ao longo de muitos anos. Antes do seu aparecimento, surgem alterações pré-cancerígenas no revestimento interno do estômago (mucosa), que raramente causam sintomas. Conforme o tumor cresce, ele vai se instalando nas camadas seguintes até ultrapassar as paredes do estômago e alcançar órgãos próximos, como o pâncreas e o baço.

Depois, ele pode atingir os gânglios linfáticos e se instalar em locais mais distantes, dando origem a metástases.

Os possíveis fatores de risco para o desenvolvimento dos tumores do estômago são:

  • Excesso de peso e obesidade;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Consumo excessivo de sal;
  • Tabagismo;
  • Presença de lesões pré-cancerosas, como gastrite atrófica e metaplasia intestinal, e infecções pela bactéria H. pylori;
  • Exposição à radiação ionizante, como raios X e gama;
  • Exposição a agrotóxicos e a substâncias como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e pigmentos, que são consideradas cancerígenas;
  • Ter histórico familiar de câncer de estômago.

Quais os sintomas do câncer de estômago?

Os sintomas mais frequentes dos tumores do estômago são:

  • Dor abdominal;
  • Queimação e azia;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de estômago cheio (a presença dos tumores do estômago pode diminuir o espaço interno do órgão);
  • Perda de peso;
  • Sangramento digestivo;
  • Dor no estômago quando o órgão é palpado durante o exame físico.

Na doença metastática, podem surgir ainda:

  • Pele amarelada, náuseas, vômitos e emagrecimento, sugestivos de metástase no fígado;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Falta de ar e tosse;
  • Dores nos ossos.

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Quais os tipos de câncer de estômago?

Entre os tumores do estômago, o adenocarcinoma é o mais frequente, representando mais de 90% dos casos da doença. São tumores que têm origem na camada mucosa do estômago e que, na fase inicial, não apresentam sintomas, podendo ser facilmente confundidos com os sintomas das gastrites e dos desconfortos digestivos. Nessa fase silenciosa, o crescimento é lento e pode ocorrer no período de um a três anos.

Os adenocarcinomas podem ser divididos em dois subtipos:

  • Intestinal: ocorre, em geral, em pacientes mais idosos, em sua maioria do sexo masculino, e é associado à presença de gastrite crônica atrófica e metaplasia intestinal decorrentes de inflamação gástrica crônica relacionada à infecção pelo H. pylori.
  • Difuso: geralmente se desenvolve em pacientes mais jovens — homens e mulheres — e é um tipo mais agressivo. Pode estar relacionado a uma mutação genética.

Há ainda outros tipos de tumores do estômago, mais raros, como:

  • Tumores neuroendócrinos: têm origem nas células do estômago que produzem hormônios. A maioria não se dissemina para outros órgãos;
  • Tumores estromais do trato digestivo, também chamados de GIST: são tumores do estômago que se iniciam nas células da parede do estômago denominadas células intersticiais de Cajal. Embora esses tumores possam ser encontrados em qualquer parte do aparelho digestivo, a maioria ocorre no estômago;
  • Linfomas: são tumores malignos do sistema imunológico que às vezes são encontrados na parede do estômago.

Como é feito o diagnóstico?

A endoscopia digestiva alta, associada à biópsia e ao exame anatomopatológico, é o principal exame para diagnosticar tumores do estômago. Para realizar esse exame, o paciente é sedado e é aplicado anestésico na região da garganta. A seguir, um tubo é introduzido pela boca.

A endoscopia digestiva alta permite ao médico visualizar o esôfago e o estômago. Diagnosticada a presença de um tumor maligno, o médico pode solicitar exames de imagem, como ultrassonografia endoscópica, tomografia computadorizada e ressonância magnética para avaliar a extensão do tumor.

Como é o tratamento?

O tipo de tratamento dos tumores do estômago é definido a partir do estágio em que a doença se apresenta.

Quando o tumor é localizado, ou seja, restrito ao estômago e aos gânglios linfáticos ao seu redor, o principal e mais efetivo tratamento é a cirurgia. No procedimento, é feita a ressecção completa dos tumores e limpeza dos gânglios linfáticos afetados por eles, além de uma parte de tecido saudável ao seu redor.

A cirurgia, chamada de gastrectomia, pode ser realizada de forma aberta, ainda que em muitos casos seja mais viável a opção pelo método laparoscópico — através de pequenas incisões por onde passam os equipamentos cirúrgicos e uma microcâmera — ou robótico — quando a cirurgia é realizada por uma plataforma robótica guiada pelo cirurgião. Nos últimos casos, o procedimento é menos invasivo e garante melhor recuperação ao paciente.

A decisão de retirar todo o estômago ou apenas parte dele depende de fatores como a localização do tumor, a extensão da lesão e o subtipo de câncer. Pode ser indicada a realização da quimioterapia, antes e depois da cirurgia, o que aumenta as chances de cura e reduz as chances de recidiva, ou seja, de que o tumor volte. Em casos selecionados, também pode ser necessário o tratamento com radioterapia após a cirurgia.

Quando os tumores do estômago são inoperáveis ou metastáticos, o tratamento é paliativo. O objetivo do tratamento é aliviar ou evitar sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida. A escolha do tipo de tratamento paliativo depende dos sintomas que o paciente apresenta, da extensão do tumor e das condições físicas do paciente.

Quando há sangramento do tumor, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos, transfusões de sangue, procedimentos endoscópicos ou vasculares (embolização para cessar o sangramento), cirurgia ou radioterapia paliativa.

Outros tratamentos para os tumores do estômago incluem o uso de terapias-alvo, medicações que focam especificamente nos pontos fracos das células cancerígenas, levando à sua morte. No câncer gástrico, o uso de terapias-alvo geralmente é associado à quimioterapia.

Há ainda a opção de tratamento imunoterápico, que ajuda o sistema imune a lutar contra o câncer. Normalmente, o sistema imunológico não consegue atacar o câncer, porque as células cancerígenas produzem proteínas que dificultam que as células do sistema imune as reconheçam como perigosas. A imunoterapia age interferindo nesse processo.

Por isso, atualmente, a abordagem de um paciente com câncer gástrico deve ser multidisciplinar, principalmente pelo oncologista clínico, que, em conjunto com o cirurgião, definirá o melhor tratamento, sempre individualizado, para cada paciente.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD

Inca

American Cancer Society