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Gastrite atrófica: riscos, sintomas, tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
14/03/2025
4 min. de leitura

A doença pode se manifestar de forma autoimune ou por meio de infecção bacteriana

A palavra gastrite designa uma série de enfermidades que se caracterizam pela inflamação das células que formam os tecidos que revestem o estômago. Quando essa inflamação é crônica na mucosa do estômago, a chamamos de gastrite atrófica.

O que é gastrite atrófica?

A gastrite atrófica se caracteriza pela inflamação crônica e afinamento dos tecidos que compõem a mucosa do estômago. Esse tipo de gastrite é mais comum em pessoas com mais de 70 anos e que tenham uma dieta muito desequilibrada e rica em sal. Existe, também, uma possibilidade maior de pessoas com histórico familiar desenvolverem a gastrite atrófica, especialmente a do tipo autoimune.

Como a gastrite atrófica ocorre?

Existem duas maneiras de se ter gastrite atrófica. A mais comum delas é a chamada ambiental, que ocorre por meio da infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori). A ação do microrganismo destrói o muco que protege os tecidos do revestimento do estômago contra a ação dos ácidos estomacais.

Com o passar do tempo, a ação da bactéria em conjunto com o ácido do estômago faz com que a inflamação se torne crônica.

Além do tipo ambiental, a gastrite atrófica também pode se manifestar de forma autoimune, ou seja, quando o próprio sistema imunológico da pessoa ataca as células que revestem o estômago, levando ao processo inflamatório crônico.

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Quais os principais sintomas de gastrite atrófica?

Muitos casos de gastrite atrófica são assintomáticos. Quando os sintomas ocorrem, podemos mencionar os seguintes sinais:

  • Dor no estômago;
  • Náuseas e vômitos;
  • Falta de apetite;
  • Cansaço e sensação de fraqueza;
  • Tontura;
  • Palpitações;
  • Falta de ar.

Alguns dos sintomas, como o cansaço, a tontura, as palpitações e a falta de ar, são decorrentes da deficiência na absorção da vitamina B12 causada pela destruição das células estomacais, e da anemia causada pelas possíveis hemorragias na região lesionada.

Quais os riscos principais de quem tem gastrite atrófica?

Se não tratada adequadamente, a gastrite atrófica pode se complicar em muitos casos. Uma dessas complicações é a já mencionada deficiência de vitamina B12. As hemorragias também podem ser complicações graves de um quadro de gastrite como esse.

Outra complicação que pode ocorrer em casos de gastrite atrófica é a formação de úlceras gástricas, que são feridas de maior gravidade na parede estomacal que, com o passar do tempo, podem perfurar o órgão, deixando transpassar para a cavidade abdominal conteúdo ácido do estômago.

A gastrite atrófica pode virar câncer?

Um dos principais riscos da gastrite atrófica, tanto nos casos ambientais quanto nos autoimunes, é o desenvolvimento de câncer no estômago. Sendo assim, não necessariamente a gastrite vira câncer, mas se torna um fator de risco bastante potencial para a doença.

Como a gastrite atrófica é diagnosticada?

O método diagnóstico mais eficaz para a gastrite atrófica é a endoscopia digestiva alta. No exame, é inserido através da boca do paciente um tubo com uma microcâmera, que permite a visualização dos tecidos do estômago em uma tela. Se houver necessidade, pode ser removida uma amostra de tecido para biópsia.

Alguns exames laboratoriais podem ser realizados para complementar o diagnóstico, com a finalidade de detectar sinais de deficiência de vitamina B12, anemia e outras possíveis complicações.

Como ocorre o tratamento da gastrite atrófica?

A gastrite atrófica pode ser tratada com significativa redução dos sintomas. Nos casos em que é causada pela bactéria H. pylori, o principal tratamento é por meio do uso de medicamentos antibióticos. A reposição de vitamina B12 também pode ser necessária, principalmente nos casos autoimunes.

Além disso, o tratamento deve ser complementado com medicações que reduzem a acidez estomacal e controlem os sintomas dolorosos. O paciente também deve se atentar a mudanças nos hábitos alimentares para evitar que os sintomas apareçam no dia a dia.

Casos de complicações mais graves, como quando há úlcera gástrica ou mesmo câncer de estômago, podem necessitar de tratamentos mais específicos, que envolvem cirurgia e outras abordagens.

Sobre com gastrite e precisa investigar a doença? Entre em contato e agende uma consulta com o cirurgião geral Dr. Wilson Martinuzzo!

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Manual MSD

Núcleo de Apoio à Gastroenterologia