Tumor, que pode ser benigno ou maligno, surge em células conjuntivas de qualquer órgão do trato gastrointestinal
O tumor estromal gastrointestinal, conhecido pela sigla GIST (de seu nome em inglês gastrointestinal stromal tumors), é um tipo raro de tumor que se origina nas células dos tecidos conjuntivos do sistema gastrointestinal, o qual pode ser classificado como sarcoma de partes moles.
O estômago é o ponto de origem mais comum para o GIST, ainda que o tumor possa surgir em qualquer parte do trato gastrointestinal. Embora muitos casos sejam benignos, estima-se que a doença corresponda a cerca de 1% dos casos de cânceres gastrointestinais.
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Origem e características do GIST
Os pontos de origem de um tumor estromal gastrointestinal são as células de Cajal, responsáveis pelas contrações musculares que movimentam os alimentos, a água e outras substâncias importantes para a digestão.
Qualquer região do sistema gastrointestinal pode ser o ponto de partida para a multiplicação celular que dá origem ao GIST. Estima-se que até 60% dos casos diagnosticados anualmente se originem no estômago, e de 30 a 40% no intestino delgado, além de uma porcentagem menor em outras estruturas.
O GIST pode se manifestar de forma benigna ou ainda como um câncer que se limita apenas ao órgão afetado. No entanto, alguns casos podem se tornar metastáticos, afetando outros órgãos dentro e fora do trato gastrointestinal.
Fatores de risco associados ao GIST
Não existe uma causa definida para o início da disseminação celular característica do GIST. Ainda assim, sabe-se que alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, como:
- Idade acima de 50 anos;
- Alterações genéticas;
- Casos de tumor estromal gastrointestinal na mesma família;
- Neurofibromatose tipo 1;
- Síndrome de Carney-Stratakis.
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Sintomas do GIST
Os sintomas do GIST variam de acordo com a localização do tumor e com seu estágio de desenvolvimento. Existem casos, inclusive, que o tumor é assintomático ou só apresenta sinais em estágios mais avançados. Ainda assim, de forma geral, a maior parte dos pacientes diagnosticados relatam as seguintes manifestações:
- Evacuação com sangue, que pode ou não ser perceptível;
- Náuseas;
- Vômitos com sangue;
- Dor e desconforto abdominal;
- Falta de apetite e sensação de saciedade;
- Cansaço excessivo;
- Anemia;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Sangramentos gastrointestinais.
Diagnóstico do GIST
O diagnóstico do tumor estromal gastrointestinal é feito a partir da suspeita, pelo médico, da presença desse tipo de tumor, que pode ser levantada quando o paciente relata os sintomas e a história clínica. Nesses casos, são solicitados exames como endoscopia do trato digestivo, colonoscopia, ressonância magnética e tomografia.
A partir das imagens obtidas nesses exames, é possível identificar os sinais que indiquem a presença do GIST. Em alguns casos, a biópsia — por via endoscópica ou aspirada — pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.
Uma vez realizado o diagnóstico do tumor estromal gastrointestinal, é importante também que seja feito seu estadiamento. Nesse passo, é determinado o estágio de desenvolvimento do tumor a partir de características como seu tamanho, a disseminação pelos linfonodos, a possibilidade de metástase e a velocidade de crescimento das células.
Tratamento do tumor estromal gastrointestinal
Uma vez que o GIST é diagnosticado e tem seu estadiamento determinado corretamente, o paciente pode ser encaminhado para o tratamento mais adequado.
O principal método de tratamento é a cirurgia, que pode ser realizada com sucesso principalmente em pacientes com GIST bem localizada, ou seja, que não se disseminou ou causou metástase. O tratamento cirúrgico pode ser complementado com terapia-alvo.
Já nos casos mais avançados do tumor estromal gastrointestinal, o tratamento mais adequado é a terapia-alvo, para reduzir os focos de disseminação da doença. A cirurgia pode ser realizada em alguns casos específicos, que devem ser avaliados individualmente.
Riscos do GIST
O principal risco relacionado ao GIST é o desenvolvimento do tumor, que pode levar à metástase, que é muito mais difícil de tratar e diminui a taxa de sobrevida da doença a níveis bem menores.
Além disso, o crescimento dos tumores estromais gastrointestinais pode fazer com que ocorram obstruções em órgãos como estômago e intestino. Essas obstruções podem causar complicações graves ao paciente, uma vez que o processo digestivo é interrompido.
Além disso, por ser um tipo de tumor que causa muitos sangramentos, o GIST está associado à ocorrência de hemorragias graves que podem levar ao desenvolvimento de anemia ou mesmo à morte.
Prevenção do tumor estromal gastrointestinal
Como os principais fatores de risco do tumor estromal gastrointestinal estão relacionados à idade e a alterações genéticas, não existe uma maneira eficaz de prevenir a doença. De modo geral, ter hábitos de vida saudáveis e fazer acompanhamento periódico da saúde do sistema digestivo são ações que podem diminuir o risco de desenvolvimento de qualquer tipo de tumor gástrico.
Para saber mais sobre o tratamento do GIST e outros procedimentos cirúrgicos do aparelho digestivo, entre em contato com o Dr. Wilson Martinuzzo e agende uma consulta.
Fontes: