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Hepatectomia: o que é, tipos e cuidados essenciais
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
01/07/2025
5 min. de leitura

Hepatectomia é um procedimento indicado em diversas condições hepáticas e exige acompanhamento especializado antes e depois da cirurgia

A hepatectomia é uma cirurgia indicada em casos selecionados, quando há necessidade de remover parcial ou totalmente o tecido hepático. Com o avanço das técnicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia e a cirurgia robótica, esse tipo de procedimento tem se tornado mais seguro e eficaz, especialmente quando conduzido por profissionais experientes.

O que é hepatectomia?

A hepatectomia é a remoção cirúrgica de uma parte ou de todo o fígado. O procedimento pode ser indicado em diversas situações, como em casos de tumores hepáticos, doenças benignas com risco de complicação ou ainda como parte do transplante de fígado. Por ser um órgão com grande capacidade de regeneração, o fígado pode se reconstituir após a remoção parcial, o que permite que a cirurgia seja uma opção viável em muitos cenários clínicos.

Tipos de hepatectomia

A hepatectomia é classificada de acordo com a extensão do fígado removida durante a cirurgia. Essa definição influencia diretamente o planejamento pré-operatório, o tempo de internação e a recuperação do paciente. A escolha entre uma abordagem parcial ou total depende da localização da lesão, da função hepática remanescente e da condição geral do paciente. Cada tipo apresenta indicações específicas e requer avaliação cuidadosa por parte da equipe médica.

Hepatectomia parcial

A hepatectomia parcial é o procedimento mais comum entre as cirurgias hepáticas. Nela, apenas uma parte do fígado é removida, normalmente um ou mais segmentos anatômicos que estão comprometidos por lesões, tumores ou outras patologias. Esse tipo de abordagem é possível porque o fígado possui uma anatomia segmentar e capacidade de regeneração.

A remoção segmentar pode ser feita por diferentes técnicas, como cirurgia convencional (aberta), videolaparoscópica ou robótica. A cirurgia robótica tem se destacado por oferecer maior precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida, sendo uma escolha cada vez mais comum entre pacientes que optam por abordagens minimamente invasivas.

A hepatectomia parcial é indicada quando:

  • Os tumores são localizados e o restante do fígado está saudável;
  • Há metástases restritas a uma área específica do fígado;
  • Cistos ou abscessos estão limitados a um segmento;
  • É necessário preservar a maior parte possível da função hepática.

Hepatectomia total

A hepatectomia total é uma cirurgia complexa, realizada apenas nos casos em que o fígado inteiro precisa ser removido. Isso ocorre, geralmente, em contextos de transplante hepático, quando o órgão original está comprometido de forma irreversível, seja por doenças crônicas avançadas, cirrose terminal, hepatites graves ou tumores que atingem grande parte do fígado.

Nessa situação, o fígado doente é retirado por completo e substituído por um fígado saudável, proveniente de um doador vivo ou falecido. Esse procedimento exige equipe multidisciplinar, centro hospitalar com estrutura especializada e acompanhamento intensivo no pós-operatório. A hepatectomia total não é indicada em larga escala e representa uma alternativa terapêutica para pacientes em estágio crítico da doença hepática.

Como é feita a hepatectomia

A hepatectomia pode ser feita por via aberta, videolaparoscópica ou robótica, a depender da avaliação do cirurgião e das condições do paciente. O procedimento exige planejamento cirúrgico detalhado, exames de imagem de alta resolução e avaliação da função hepática. A cirurgia é realizada sob anestesia geral, com tempo variável de duração. A escolha da abordagem influencia diretamente na recuperação e nos riscos envolvidos.

Quando a hepatectomia é indicada?

A hepatectomia é indicada em casos específicos, quando outras formas de tratamento não são suficientes. Entre as principais indicações estão:

  • Tumores hepáticos, benignos ou malignos;
  • Metástases hepáticas, especialmente de câncer colorretal;
  • Cistos volumosos ou abscessos hepáticos de difícil controle clínico;
  • Lesões traumáticas com comprometimento segmentar do fígado;
  • Doenças que afetam um segmento específico do órgão, sem comprometer o restante.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, com base em exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

Cuidados pós-operatórios

O pós-operatório da hepatectomia exige atenção rigorosa. O tempo de internação varia conforme a extensão da cirurgia e a abordagem utilizada. Os principais cuidados envolvem:

  • Monitoramento das funções hepática e renal;
  • Controle da dor e prevenção de infecções;
  • Dieta progressiva, conforme tolerância do paciente;
  • Acompanhamento com exames de imagem para verificar a regeneração hepática;
  • Evitar esforço físico por algumas semanas após a alta.

A recuperação completa pode levar de algumas semanas a poucos meses. O acompanhamento médico é fundamental durante todo esse período.

Agende uma consulta com o Dr. Wilson Martinuzzo e tenha uma avaliação especializada para conduzir o tratamento mais seguro e eficaz para cada caso.

Fontes

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Instituto Oncoguia