Saiba como obesidade e câncer colorretal se relacionam e o que fazer em caso de diagnóstico do tumor
O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil. Dados de 2022 do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que pelo menos 45 mil casos da doença foram diagnosticados naquele ano. Sendo assim, é muito importante que conheçamos os fatores de risco que causam essa doença.
Entre esses fatores, um dos mais preocupantes é a obesidade. Isso porque o excesso de peso e gordura corporal são características que estão intimamente ligadas com as alterações nas células intestinais que levam ao câncer.
Sendo assim, neste conteúdo vamos entender um pouco mais sobre a relação entre obesidade e câncer no intestino e o que fazer se a doença for diagnosticada.
O que a obesidade causa no intestino?
Para entender qual é a relação entre obesidade e câncer no intestino, é importante que compreendamos que o intestino é um dos órgãos mais prejudicados, de forma geral, pelo peso e gordura em excesso.
Além de gerar processos inflamatórios pelos desequilíbrios hormonal e da gordura corporal causados pelo excesso de peso, a obesidade pode fazer com que o intestino se lesione durante o processo digestivo, causando alterações como os divertículos, que podem se inflamar e levar ao quadro que chamamos de diverticulite.
Qual a relação entre obesidade e câncer no intestino?
Apesar de a obesidade, por si só, ser muito nociva à saúde intestinal, o risco mais exacerbado para pessoas obesas é o desenvolvimento do câncer colorretal.
Diversos fatores podem impactar as células do intestino e exacerbar a relação entre obesidade e câncer intestinal. Um deles é a resistência que o organismo obeso tem à insulina, que é um hormônio produzido no pâncreas que controla os níveis de glicose no organismo.
Essa resistência faz com que seja estimulado o crescimento de células que se multiplicam descontroladamente, provocando o desenvolvimento do tumor maligno intestinal.
Impacto da gordura abdominal na saúde intestinal
Não somente as alterações na resistência à insulina exacerbam a relação entre obesidade e câncer no intestino. Isso porque o excesso de gordura corporal também pode trazer consequências negativas para as células intestinais, causando sua inflamação e favorecendo alterações genéticas que levam ao desenvolvimento do tumor.
Isso pode ser agravado ainda mais quando o indivíduo apresenta outros fatores de risco para o câncer colorretal, tais como o consumo exagerado de alimentos gordurosos, a falta de exercícios físicos, consumo de álcool e outras drogas, tabagismo, idade acima de 50 anos e predisposição genética.
Como controlar a obesidade?
Uma vez que existe uma relação entre obesidade e câncer — não somente o de intestino, como também diversos outros tipos de neoplasias malignas —, é fundamental encontrar meios de controlar o peso.
Ter uma rotina de atividades físicas e uma dieta controlada é o caminho mais ideal para regular o peso. No entanto, algumas pessoas podem ter que recorrer a tratamentos de base hormonal e outros procedimentos para controlar a obesidade de forma eficaz.
É importante, contudo, ter em mente que qualquer tratamento ou estratégia para controlar a obesidade deve ser adotado com o devido acompanhamento médico multidisciplinar.
Como prevenir o câncer no intestino?
Como vimos, obesidade e câncer no intestino são fatores próximos pelo fato de o excesso de peso e gordura ser um fator de risco muito importante. No entanto, além de controlar a obesidade, é fundamental adotar outras estratégias para prevenir o câncer de intestino. São elas:
- Adoção de hábitos de vida mais saudáveis, evitando o sedentarismo;
- Dieta equilibrada, com menos alimentos gordurosos;
- Abandono do cigarro e diminuição do consumo de bebidas alcoólicas;
- Avaliações periódicas da saúde do intestino com um médico especialista, principalmente quem tem histórico familiar de câncer colorretal.
Qual tipo de especialista procurar para diagnosticar o câncer no intestino?
Além de entender como obesidade e câncer no intestino se relacionam, é importante saber identificar os sintomas da doença e procurar um médico especialista para que sejam realizados exames para um possível diagnóstico. Entre os sintomas mais comuns, podemos mencionar:
- Alterações do hábito intestinal;
- Presença de sangue nas fezes;
- Dores abdominais;
- Fraqueza e anemia;
- Presença de massa palpável abdominal;
- Perda de peso sem causa aparente.
Esses sintomas costumam surgir somente quando o câncer está em estágio avançado. Por isso, na presença de fatores de risco, é fundamental procurar um médico especialista periodicamente para analisar a saúde intestinal.
A princípio, o médico especialista em analisar esse tipo de caso pode ser o gastroenterologista ou o oncologista especializado em tumores gastrointestinais. Caso haja necessidade da intervenção de outros especialistas, o paciente diagnosticado deve ser encaminhado.
Como proceder caso necessite de intervenção cirúrgica para câncer no intestino?
O câncer de intestino, principalmente quando detectado em estágios iniciais, é uma doença tratável e curável. O tratamento inicial da grande maioria dos casos é a cirurgia de câncer no intestino, que remove o tumor e os gânglios linfáticos adjacentes.
Esse procedimento pode ser realizado por meio de uma cirurgia chamada colectomia, que promove a remoção de parte do intestino afetada pelo câncer e o reconecta por meio de técnicas pouco invasivas (videolaparoscopia e cirurgia robótica).
Outro procedimento que pode ser realizado para tratar a cirurgia de câncer no intestino é a excisão local por colonoscopia, para remover tumores pequenos em estágios iniciais durante o próprio exame de imagem.
A cirurgia para remoção do tumor intestinal deve ser feita por um médico cirurgião especialista na realização de cirurgias em órgãos do aparelho digestivo, como é o caso do Dr. Wilson Martinuzzo. Entre em contato e agende já uma consulta.
Fontes:
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)

