Saiba como a cirurgia de câncer no intestino é realizada e quando é indicada
O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, antes do ânus) e ânus. Também chamado de câncer colorretal ou de cólon e reto, em geral se desenvolve a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso, mas nem todos os pólipos se transformam em tumores malignos.
O câncer de intestino é uma doença tratável e pode ser curado quando diagnosticado e tratado precocemente. A cirurgia de câncer no intestino é o tratamento inicial. Nela, o cirurgião retira a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos que drenam essa região.
Dependendo do caso e do estágio do tumor, o tratamento inclui ainda a quimioterapia. Em casos selecionados de tumores do reto baixo, pode ser utilizada a radioterapia antes do tratamento cirúrgico.
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Como a cirurgia de câncer no intestino é realizada?
A cirurgia de câncer no intestino é a principal forma de tratamento para esse tipo de câncer. A escolha pelo tipo de cirurgia varia conforme o tamanho e a localização do tumor e se há metástase, ou seja, se o tumor se espalhou para outros órgãos.
Os principais tipos de cirurgia de câncer no intestino são:
Colectomia
Consiste na remoção de parte do intestino onde está localizado o tumor – ou de todo ele, no caso em que pólipos estão presentes em todo o órgão – e dos linfonodos adjacentes. Quando parte do intestino é preservada, o cirurgião realiza a emenda das duas partes do órgão (anastomose), permitindo restabelecer o seu funcionamento. A colectomia pode ser realizada por duas técnicas:
- Videolaparoscopia: realizada com pequenas incisões por onde uma câmera e os instrumentos cirúrgicos são introduzidos. A parte doente do intestino é removida por meio de uma incisão um pouco maior na parede abdominal. A câmera 2D fornece informações que ajudam na melhor visualização das estruturas internas;
- Cirurgia robótica: procedimento semelhante à videolaparoscopia, só que nesta técnica toda a operação é feita por um robô comandado pelo médico. Os resultados mostram-se semelhantes aos da videolaparoscopia e sua principal indicação é para os casos nos quais o tumor se encontra localizado no reto.
Tanto a videolaparoscopia quanto a cirurgia robótica são consideradas procedimentos minimamente invasivos e trazem benefícios como menos tempo de internação, menor risco de complicações e recuperação mais rápida.
Atualmente, com o avanço tecnológico dos materiais utilizados na cirurgia e a utilização de técnicas minimamente invasivas, as colostomias estão sendo cada vez menos necessárias na cirurgia de câncer no intestino.
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Excisão local por colonoscopia
Tumores em estágio inicial podem ser removidos sem a necessidade de colectomia. Caso o tumor esteja em um pólipo, em fase inicial, ele pode ser retirado durante o exame de colonoscopia, o principal exame de rastreio do câncer de intestino. Esse método só pode ser utilizado em tumores pequenos para evitar a remoção incompleta e, por consequência, recidiva do câncer.
Tratamento cirúrgico de metástase
Quando o tumor invade outros órgãos (metástase), pode ser necessária a remoção parcial ou completa desses órgãos. A retirada pode acontecer antes, durante ou depois da cirurgia de câncer no intestino. O cirurgião definirá o melhor momento com base em fatores como tamanho, número de metástases e de tecidos comprometidos e do estado de saúde do paciente.
Quando a cirurgia de câncer de intestino é indicada?
A cirurgia de câncer no intestino é indicada para diferentes tipos de tumores malignos, dependendo da fase em que a doença foi diagnosticada, da extensão e da localização do tumor, podendo ser recomendada tanto para os pacientes que estão no estágio inicial da doença quanto para aqueles que já se encontram em uma fase mais avançada.
Quais são os riscos da cirurgia de câncer de intestino?
Assim como ocorre com todo procedimento cirúrgico, a cirurgia de câncer no intestino também oferece riscos. Eles variam de acordo com a extensão das intervenções realizadas, bem como das condições clínicas do paciente.
Em geral, podem ocorrer infecções e sangramentos e fístulas que decorrem da não cicatrização adequada da anastomose, que é a emenda do intestino. No caso da cirurgia de câncer de intestino ser realizada no reto, os homens podem ter sua sexualidade afetada, com dificuldades para alcançar o orgasmo. Nas mulheres, as aderências abdominais causadas pelo tecido cicatricial podem provocar desconforto durante a relação sexual.
Como é o pós-operatório da cirurgia de câncer de intestino?
O tempo de internação e de recuperação depende da técnica cirúrgica. É comum, depois da cirurgia de câncer no intestino, que ocorram inchaços, hematomas ou pequenos sangramentos nas incisões. Porém, para minimizar os desconfortos e diminuir os riscos da cirurgia de câncer no intestino, é fundamental seguir rigorosamente as recomendações do cirurgião durante o pós-operatório, que incluem:
- Seguir a dieta: os alimentos são inseridos na rotina alimentar de forma gradual. Logo em seguida à cirurgia, a dieta é basicamente líquida. Na segunda ou terceira semana, podem ser introduzidas refeições mais pastosas e, por fim, alimentos sólidos. Não é recomendado o consumo de alimentos que aumentem a produção de gases e ricos em gorduras, pois eles podem interferir no processo de cicatrização. De preferência, deve-se aumentar o consumo de fibras para facilitar a evacuação e fazer pequenas refeições durante o dia;
- Beber bastante água;
- Cumprir o tempo de repouso conforme determinação médica;
- Fazer uso de medicamentos analgésicos, antibióticos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico;
- Fazer exercícios respiratórios conforme orientação do fisioterapeuta.
- Evitar permanecer sentado ou deitado por muito tempo;
- Não levantar objetos pesados;
- Realizar caminhadas leves diariamente.
- Dirigir somente após liberação médica, quando estiver sentindo pouca dor.
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Fontes: