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Diverticulite
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Saiba o que é essa doença, porque ela ocorre e como deve ser tratada

O que é diverticulite?

A formação de saculações ou bolsas na parede do intestino, chamadas de divertículos, é a principal característica da diverticular do intestino. A inflamação desses divertículos é chamada de Diverticulite aguda.

Uma das principais causas do processo inflamatório é o acúmulo de fezes no interior dos divertículos, em uma situação que pode criar condições favoráveis a reprodução de bactérias que podem se alojar ali, levando a um quadro inflamatório e infeccioso que dá origem à diverticulite.

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A diverticulite aguda pode ser classificada em complicada ou não complicada, de acordo com a existência ou não de perfuração e abscessos (coleção de pus).

Estima-se que 60% da população possua divertículos no intestino grosso, e a diverticulite aguda, pode ocorrer em até de 30% desses casos.

Os divertículos podem estar localizados em diferentes áreas do trato gastrintestinal, mas se manifestam com mais frequência entre as fibras musculares das paredes do intestino grosso. Eles se dividem em dois tipos:

  • Hipotônico: surge como decorrência do afrouxamento da musculatura lisa do intestino grosso, sendo a complicação mais frequente o sangramento;
  • Hipertônico: provocado pelo aumento anormal do tônus da musculatura e pelo crescimento significativo da pressão no cólon, onde a complicação mais frequente é a diverticulite aguda. O local mais frequente acometido é o sigmoide.

Não se sabe exatamente quais as causas que levam à formação dos divertículos, mas acredita-se que eles podem estar relacionados a uma dieta pobre em fibras. Com isso, as fezes ficam muito duras, o que causa a constipação intestinal, que leva a pessoa a fazer mais esforço para evacuar. Esse esforço pode provocar uma pressão no cólon e nos intestinos, formando essas saliências.

Além de uma dieta pobre em fibras, são considerados fatores de risco para a diverticulite ter mais de 40 anos, fumar, ser sedentário e ser obeso.

Quais os sintomas da diverticulite?

Os sintomas da diverticulite são:

  • Cólicas abdominais;
  • Formação de gases;
  • Distensão abdominal;
  • Constipação e/ou diarreia.

Nos casos de diverticulite aguda, a dor se acentua bastante no quadrante inferior esquerdo do abdome, podendo aparecer febre e sintomas de alterações urinárias. O sangramento não é comum no quadro agudo da doença e pode ocorrer como complicação dos divertículos hipotônicos.

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Quais as complicações da diverticulite?

A diverticulite pode evoluir com algumas complicações, sendo as mais comuns:

  • Fístulas: a inflamação intestinal provocada pela diverticulite pode levar à formação de fístulas, que conectam o intestino grosso a outros órgãos. As fístulas costumam se formar quando um divertículo inflamado no intestino grosso entra em contato com outro órgão. Quando as fístulas se formam entre o intestino grosso e a bexiga, o conteúdo intestinal, incluindo as bactérias que habitam o intestino, penetra na bexiga e provoca infecções nas vias urinárias.
  • Abscesso: o abscesso é uma espécie de bolsa de pus. Pode ocorrer a formação de um abcesso abdominal ao redor de um divertículo inflamado, o que causa piora da dor e febre.
  • Peritonite: trata-se de uma infecção da cavidade abdominal, que pode surgir devido a uma ruptura da parede do divertículo que leva ao vazamento de conteúdo fecal, que contamina todo o abdome.
  • Obstrução intestinal: normalmente, é causada por crises inflamatórias recorrentes que levam a um estreitamento (estenose) do intestino, dificultando a passagem do bolo fecal, o que provoca inchaço, cólicas abdominais e vômitos.
  • Perfuração do intestino: complicação grave que causa intensa inflamação da região abdominal (peritonite).

Como é o diagnóstico da diverticulite?

Os sintomas e o histórico do paciente podem despertar a suspeita de diverticulite, mas o exame padrão ouro na crise aguda é a tomografia computadorizada do abdome.

A colonoscopia não deve ser realizada na crise aguda.
Durante a crise, o instrumento utilizado no exame aumenta a probabilidade de perfuração do intestino, por isso, ela só é realizada em torno de 6 semanas depois do episódio de diverticulite.

Como é o tratamento da diverticulite?

O tratamento da diverticulite varia de acordo com a gravidade da crise. Nos casos não complicados, o tratamento é com antibióticos e medicamentos para aliviar os sintomas. Nos casos complicados, é necessária a internação hospitalar, antibióticos endovenosos, sintomáticos e controle alimentar.

Quando há abscessos na cavidade abdominal, esses devem ser drenados, geralmente por punção. O procedimento é realizado com o auxílio de uma agulha — por onde é colocado um dreno — inserida na pele e guiada por tomografia computadorizada ou ultrassonografia.  Com a resolução do abscesso através da punção, é esperada a melhora clínica do paciente.

Nos casos em que a perfuração ocasionou contaminação da cavidade abdominal e peritonite difusa, a cirurgia de urgência é indicada e a colostomia é frequentemente utilizada.

Se ocorrer a resolução clínica da diverticulite aguda, o paciente deve ser acompanhado no consultório. Já nos casos de crises recorrentes e/ou complicações já citadas acima, a cirurgia eletiva está indicada.

Nessas situações, a cirurgia a ser realizada é a ressecção da área afetada pela diverticulite (sigmoide), sendo a emenda feita no mesmo ato cirúrgico. A colostomia não é realizada de rotina.

A cirurgia de diverticulite pode ser realizada de 3 maneiras:

  • De forma convencional — que não costuma ser feita nos dias de hoje.
  • Videolaparoscopia: na qual o cirurgião realiza pequenas incisões, pelas quais insere uma cânula, com uma pequena câmera 2D na ponta, que o ajudará a visualizar a área tratada.
  • Cirurgia robótica: semelhante à realizada por videolaparoscopia, só que, nesse caso, o procedimento é realizado por um robô guiado pelo cirurgião, o que garante maior precisão cirúrgica.

Essas duas últimas técnicas são consideradas minimamente invasivas e mais vantajosas do que a cirurgia convencional, pois proporcionam menor tempo de recuperação, menos riscos cirúrgicos, menos dor e menor necessidade de analgésicos e anti-inflamatórios.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva